Desmantelada rede de prostituição colombiana que explorava venezuelanas
As autoridades colombianas anunciaram hoje o desmantelamento de 19 grupos criminosos de Bogotá, que integravam uma rede que obrigava 40 mulheres venezuelanas a prostituírem-se.
© Reuters
Mundo Bogotá
A operação teve lugar no Bairro de Santa Fé e, segundo o procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, foram detidas 144 pessoas, entre as quais cinco venezuelanos.
As vítimas eram "captadas" na cidade de Cúcuta, norte de Santander, nas proximidades da fronteira com a Venezuela, com falsas promessas de trabalho, de onde eram depois levadas para Bogotá, a capital da Colômbia.
"A primeira atividade a que as mulheres eram obrigadas era a prostituir-se durante 20 dias, para compensar o valor do transporte até à capital. Além disso, durante o dia, apenas disponham de 15 minutos de descanso, fora do local onde eram exploradas sexualmente", explicou o procurador-geral aos jornalistas.
Segundo Néstor Humberto Martínez, os criminosos "mantinham as mulheres em habitações modificadas, com celas, impedindo-as de sair, tiravam-lhes os documentos e obrigavam-nas a exercer a prostituição".
A operação, com o código "Penumbra", foi desencadeada após três meses de investigações e permitiu identificar um funcionário dos serviços de migração da Colômbia, que alertava a rede das operações policiais e um médico que obrigava as venezuelanas que engravidavam a abortar.
"Foram confiscadas armas e estupefacientes", acrescentou.
Em agosto último as autoridades colombianas desmantelaram uma rede de prostituição que explorava 49 mulheres, 23 delas venezuelanas que se tinham radicado em Cartagena das Índias (norte).
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