Pelo menos 29 detidos nos incidentes em torno da Taça Libertadores
Pelo menos 29 pessoas foram detidas sábado na sequência dos distúrbios registados em Buenos Aires a propósito da final da Taça Libertadores de futebol entre os rivais River Plate e Boca Juniors, que foi adiada para hoje.
© Lusa
Mundo Buenos Aires
Segundo informaram fontes policiais à EFE, foram detidas 29 pessoas na sequência dos incidentes, que começaram quando o autocarro do Boca Juniors foi atacado a caminho do estádio Monumental, palco da segunda mão da final da 'Champions' sul-americana.
Segundo fontes da autarquia de Buenos Aires, estavam nos arredores do estádio mais de 100.000 pessoas, tendo sido detidas 29 na sequência dos incidentes, por "resistência à autoridade", sendo que os confrontos com as forças policiais ainda continuam.
O jogo, previsto para as 17:00 de sábado (20:00 em Lisboa), foi, finalmente, marcado para a mesma hora de hoje, depois de a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) ter adiado por duas vezes o seu início, primeiro por uma hora e depois por uma hora e 15 minutos.
O presidente da Confederação Sul-americana de Futebol, Alejandro Domínguez, anunciou o adiamento, dizendo que não consegue "explicar o inexplicável", depois de o avançado do Boca Carlos Tévez ter dito, antes do anúncio do adiamento para domingo, que os jogadores estavam a ser "obrigados a jogar".
Vários jogadores do Boca ficaram feridos, por serem sido atingidos por vidros ou devido ao uso de gás lacrimogéneo por parte da polícia, com o 'capitão' Pablo Pérez a ter de ser assistido no hospital, antes de regressar ao estádio, com uma pala a proteger o olho esquerdo.
O dirigente do clube de Buenos Aires César Martucci explicou que o uso do gás lacrimogéneo -- que provocou inflamações oculares em vários futebolistas - se deveu à necessidade de dispersar a multidão que acompanhava a passagem do veículo, que entrou no estádio com vários vidros partidos.
"Se, realmente, os jogadores [do Boca Juniors] não estavam em condições de jogar, o River Plate considerou conveniente apoiar o Boca, para que se possam recuperar e jogar a final em pé de igualdade", afirmou o presidente do River Plate, Rodolfo D'Onofrio.
No primeiro jogo, em casa do Boca, as duas equipas empataram a duas bolas, depois de a partida ter sido adiada um dia devido à chuva forte que alagou o relvado do estádio La Bombonera.
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