EUA consideram "ilegal" a captura de navios ucranianos pela Rússia
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, considerou hoje "ilegal" a captura de navios ucranianos pela Rússia, no domingo, dizendo que tornou "impossível" uma "relação normal" com Moscovo.
© Lusa
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"Como o Presidente do meu país disse muitas vezes, os Estados Unidos são a favor de um relacionamento normal com a Rússia, mas ações ilegais como esta tornam isso impossível", disse a diplomata norte-americana, numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU solicitada pela Ucrânia.
Nikki Haley também pediu à Rússia que "liberte" os navios ucranianos e as suas tripulações, colocando-se ao lado do apelo já feito hoje pelo Presidente da Ucrânia.
"Pedimos à Rússia que respeite suas obrigações internacionais e não se oponha ou inviabilize o trânsito marítimo ucraniano no estreito de Kerch", acrescentando que Moscovo deve "libertar os navios ucranianos capturados e as suas tripulações".
"Em nome da paz e da segurança internacionais, a Rússia deve imediatamente cessar o seu comportamento ilegal e respeitar os direitos de navegação e as liberdades de todos os estados", insistiu a embaixadora dos Estados Unidos, sem mencionar a possibilidade de novas sanções contra a Rússia, como pede o governo da Ucrânia.
Por iniciativa dos Estados Unidos, foi interrompida uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, que tinha sido convocada por Moscovo na manhã de hoje, intitulada "Violação das Fronteiras da Rússia".
Numa votação processual, o Conselho de Segurança rejeitou a realização desta sessão por sete votos (incluindo votos dos EUA, alguns países europeus e Koweit) entre os 15 membros.
A Rússia só foi apoiada pela China, Bolívia e Cazaquistão, com os três países africanos do Conselho e o Peru a absterem-se.
No seu discurso, o vice-embaixador russo Dimitri Polanski protestou fortemente contra aqueles que alimentam o comportamento "anti-russo".
"Vocês alimentam ódios" contra a Rússia, disse o vice-embaixador, denunciando "a violação" de regras internacionais cometida por navios ucranianos no estreito de Kerch.
No domingo, a Rússia "apenas procurou garantir a segurança daquela passagem", disse o diplomata russo.
A Rússia já admitiu ter aberto fogo na tarde de domingo contra os navios ucranianos que, na sua versão, estariam estacionados nas suas águas territoriais, perto de Crimeia, para forçá-los a parar.
A Ucrânia afirma que o ataque ocorreu em águas neutras, depois de Moscovo decidir fechar o Estreito de Kerch, para impedir o acesso de navios ucranianos no Mar de Azov.
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