Corpo de missionário morto deverá ficar em Sentinela devido a perigo
Grupo de especialistas diz que o perigo de contacto com a tribo da ilha de Sentinela é muito grande.
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Mundo Ilha
O corpo do missionário norte-americano John Allen Chau, que morreu quando tentava entrar na ilha de Sentinela, deverá manter-se na ilha, devido ao perigo que existe num possível encontro entre autoridades indianas e habitantes locais, defende o grupo Sobrevivência Internacional.
Esta organização não-governamental (ONG), que trabalha para proteger os povos indígenas, admitiu à BBC que qualquer tentativa de recuperar o corpo pode ser "extremamente perigosa".
“O risco de uma epidemia mortal de gripe, sarampo ou outra doença externa é real e pode aumentar com qualquer tipo de contacto. Qualquer tentativa semelhante no passado culminou com os habitantes de Sentinela a tentarem defender o seu território", salienta ainda o diretor do grupo, Stephen Corry, que defende que o corpo de John deve ser "deixado em paz".
O norte-americano foi morto na semana passada quando tentava entrar na ilha. Pagou a um grupo de pescadores para que o levassem até perto da ilha, tendo depois chegado ao território sozinho com a ajuda de um caiaque. Acabou por ser recebido com hostilidade e atacado com flechas. O seu corpo terá sido enterrado na praia. O seu objetivo era levar o cristianismo aos indígenas.
Um especialista da Universidade de Deli diz que se tratou de uma "aventura insensata" e que foi John a provocar aquele tipo de ataque.
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