São Tomé: Segundo partido mais votado convidado para formar governo
O presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, indigita hoje Jorge Bom Jesus, presidente do MLSTP-PSD, segundo partido mais votado nas eleições legislativas, para formar governo, disse à Lusa a assessora de comunicação do chefe de Estado.
© Lusa
Mundo Evaristo Carvalho
"O senhor presidente recebeu hoje os representantes do ADI [Ação Democrática Independente] e também do MLSTP-PSD [Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata], a quem orientou para indicar uma figura para primeiro-ministro e formar governo", disse Hélia Fernandes.
"O MLSTP-PSD já respondeu e, ainda hoje mesmo, deverá sair o decreto presidencial a indigitar o senhor Jorge Bom Jesus para primeiro-ministro e no próximo sábado deverá ocorrer a tomada de posse do primeiro-ministro e dos novos membros do governo", acrescentou a mesma fonte.
A indigitação do líder do MLSTP-PSD para formar governo surge 24 horas depois de o ADI, partido vencedor nas eleições de 07 de outubro, ter indicado Álvaro Santiago, antigo ministro da Educação e ex-vice-governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP) para o cargo.
O ADI, no poder, venceu as eleições com maioria simples - 25 dos 55 deputados da Assembleia Nacional - e reclamou o direito constitucional de formar governo.
Esta quarta-feira, a comissão política deste partido decidiu indicar Álvaro Santiago para chefiar um executivo, a indigitar pelo chefe de Estado, depois de, na semana passada, o ministro da Educação do governo cessante, Olinto Daio, ter recusado avançar, como a direção do ADI tinha proposto.
Patrice Trovoada, líder do partido e primeiro-ministro cessante, anunciou, ao final do dia desta quarta-feira, suspender as suas funções como presidente do ADI por considerar que Álvaro Santiago não tem o perfil necessário para alcançar um governo de base alargada ou de unidade nacional, como tem defendido.
O MLSTP-PSD foi o segundo partido mais votado nas últimas eleições, elegendo 23 deputados, e assinou com a coligação PCD-UDD-MDFM, que tem cinco assentos parlamentares, um acordo de incidência parlamentar, reclamando terem uma maioria absoluta (28 deputados), que garante a sustentabilidade parlamentar necessária para formar governo.
Nestas legislativas, o Movimento Independente de Caué elegeu também dois deputados e já prometeu "apoiar o partido que tem maioria no parlamento".
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