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Bolsonaro diz a Macron que não fará acordos que prejudiquem agronegócio

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, disse hoje à imprensa brasileira que não pretende assumir compromissos ambientais que causem impacto no agronegócio brasileiro, numa resposta às declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron.

Bolsonaro diz a Macron que não fará acordos que prejudiquem agronegócio
Notícias ao Minuto

19:30 - 30/11/18 por Lusa

Mundo Resposta

"Macron está a defender a França. Esse acordo Mercosul com a União Europeia atinge os interesses da França, um país voltado também para o agronegócio. A partir do momento que querem diminuir a quantidade de (produtos) exportáveis nossos, logicamente que não podem contar com o nosso apoio. Mas não é um não em definitivo, nós vamos negociar", afirmou Bolsonaro, citado pela agência Brasil, após participar numa cerimónia de graduação de sargentos da Força Aérea, em São Paulo.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, avisou na quinta-feira que recusará assinar um acordo de comércio entre a União Europeia e o Mercosul se o Brasil sair do Acordo de Paris, relativo às alterações climáticas.

A posição foi assumida após uma reunião com o Presidente da Argentina, Maurício Macri, em Buenos Aires, onde líderes mundiais se reúnem a partir de hoje para participar numa reunião do G20 (grupo das 20 economias mais industrializadas do mundo).

"Não sou a favor de assinar acordos comerciais amplos com poderes que tenham anunciado que eles não respeitarão o Acordo de Paris", advertiu o chefe de Estado francês.

"Por uma simples razão: peço aos meus trabalhadores, aos meus agentes económicos que façam esforços para se adaptar ao Acordo de Paris, às vezes é difícil, são sacrifícios", comentou.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro sugeriu que o Brasil poderia sair do Acordo de Paris, como fizeram os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump. O futuro Presidente brasileiro também anunciou que não é um grande defensor do Mercosul ou do multilateralismo.

Na rede social Twitter, o Presidente eleito do Brasil também afirmou que "está fora de cogitação" o país sujeitar-se aos interesses de outras nações: "Sujeitar automaticamente o nosso território, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação. É legítimo que outros países no mundo defendam os seus interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros".

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