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Iémen: Avião da ONU vai transportar rebeldes Huthis feridos

Um avião da ONU aterra hoje na capital do Iémen, Sanaa, controlada pelos rebeldes Huthis, para transportar 50 Huthis feridos para Omã, indicou a coligação sob comando da Arábia Saudita.

Iémen: Avião da ONU vai transportar rebeldes Huthis feridos
Notícias ao Minuto

06:25 - 03/12/18 por Lusa

Mundo Coligação

Como "medida destinada a instaurar a confiança" antes das negociações de paz, "um avião fretado pela ONU chegará ao aeroporto internacional de Sanaa para levar 50 combatentes feridos", tendo a bordo "três médicos iemenitas e outro da ONU", declarou à agência noticiosa oficial saudita um porta-voz da coligação internacional.

O problema dos rebeldes feridos foi uma das razões do fracasso de uma anterior sessão de conversações de paz, em setembro.

A coligação acedeu a um pedido do enviado especial da ONU para o Iémen, o britânico Martin Griffiths, por "razões humanitárias", precisou o porta-voz.

Na quinta-feira, os rebeldes indicaram querer participar nas negociações sob a égide da ONU agendadas na Suécia se lhes for garantido que poderão deixar o Iémen e regressar em total segurança.

O Governo iemenita reconhecido pela comunidade internacional, que apoia militarmente a coligação comandada pelos sauditas, tenciona igualmente comparecer na nova ronda negocial.

Griffiths reuniu-se nos últimos dias com responsáveis de ambas os lados, em separado, para preparar as negociações.

Em setembro, as conversações marcadas em Genebra abortaram quando os Huthis se recusaram a deslocar-se, acusando a ONU de dar garantias insuficientes quanto à segurança da sua delegação.

Outras conversações tinham igualmente fracassado em 2016, após 108 dias de negociações no Kuwait.

A delegação dos Huthis ficou então retida no sultanato de Omã durante três meses.

De acordo com a ONU, quase 10.000 pessoas foram mortas desde que a coligação interveio no conflito, em 2015, mas algumas organizações não-governamentais estimam que o balanço é bastante mais elevado.

O conflito no Iémen provocou também uma crise humanitária sem precedentes neste país pobre, com escassez acentuada de alimentos, água e medicamentos.

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