Kosovo diz que formação de exército vai contribuir para a paz mundial
O primeiro-ministro do Kosovo afirmou hoje que o exército que pretendem formar vai significar um "modesto contributo" para garantir a paz no mundo.
© Reuters
Mundo PM
O parlamento do Kosovo deverá votar na sexta-feira três leis que vão abolir a força nacional de segurança (Força de Segurança do Kosovo, KBS), que será transformada num exército regular. As medidas deverão ser aprovadas sem dificuldade no parlamento de 120 lugares.
Ao justificar a decisão, o primeiro-ministro Ramush Haradinaj referiu que esta decisão vai tornar o Kosovo num contributo para a paz, e não apenas um beneficiário.
Na passada quinta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, confirmou ter mantido contactos com os líderes da Sérvia e do Kosovo sobre os planos de Pristina para formar um exército regular, uma decisão fortemente contestada pela Sérvia e na própria aliança ocidental.
O Governo do Kosovo referiu numa declaração que Haradinaj assegurou a Stoltenberg que a transição da KBS para um exército regular será efetuada em estreita colaboração com a NATO.
O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic exprimiu em comunicado a sua preocupação com os planos de Pristina, por representarem "um perigo" para a "sobrevivência" da minoria sérvia no Kosovo, e que poderá comprometer a estabilidade regional e a paz.
Por sua vez, Stoltenberg emitiu uma nota em que refere que os responsáveis oficiais sérvios e kosovares "demonstraram calma e contenção, e evitaram declarações ou ações provocatórias".
O secretário-geral da Aliança sublinhou que "esta decisão é extemporânea, contraria as posições de muitos aliados da NATO, e pode ter repercussões negativas nas perspetivas do Kosovo para a integração euro-atlântica".
A Sérvia já avisou que a formação de um exército do Kosovo poderá implicar uma intervenção armada.
O Kosovo, com maioria de população albanesa, declarou a independência da Sérvia em 2008, que Belgrado não reconhece.
No decurso da "guerra da independência" do Kosovo (1998-99) e na sequência da intervenção do exército de Belgrado, a NATO desencadeou ataques aéreos contra a Sérvia entre março e junho de 1999, quando foi concluído um acordo de paz.
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