A primeira mulher na chefia do Banco Central norte-americano
Janet Yellen, que o presidente Barack Obama deverá nomear hoje para a presidência do Banco Central norte-americano, é considerada uma economista respeitada e próxima da elite económica progressista.
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Mundo Janet Yellen
Yellen, de 67 anos, vai tornar-se a primeira mulher a presidir à Reserva Federal (FED), instituição onde passou um terço da sua carreira e na qual ocupa atualmente o segundo lugar.
Obama deve anunciar a sua escolha para um mandato de quatro anos num evento que decorre ao fim da tarde na Casa Branca e ao qual assiste o presidente cessante da FED, Ben Bernanke, segundo fonte oficial norte-americana.
Considerada uma democrata, Yellen passou mais de 12 anos no centro da política monetária norte-americana e é vista como uma pessoa mais preocupada com a questão do desemprego do que com a inflação.
Após cinco anos a ensinar na Universidade de Harvard, entrou na Reserva Federal em 1977 e fica dois anos a trabalhar numa equipa de análises e estatísticas. É lá que conhece o marido, George Akerlof, que viria a ser um dos três galardoados com o Nobel da Economia em 2001.
Yellen fez um doutoramento em Economia e teve como orientador na Universidade de Yale James Tobin, prémio Nobel da Economia em 1981 e conhecido como defensor de uma taxa sobre transações internacionais.
Em 1980, Yellen regressou ao ensino na Universidade da Califórnia até que Bill Clinton, então presidente dos Estados Unidos, a escolheu como um dos governadores da FED, em 1994. Algumas vezes votou contra as decisões do poderoso presidente da FED Alan Greenspan.
Em 1997, Clinton escolheu-a para chefiar a equipa de conselheiros económicos da Casa Branca, funções que ocupa até 1999. Regressa em 2004 à Reserva Federal em São Francisco e algumas vozes criticaram-na por não ter dado o alerta para os problemas financeiros numa região que esteve no centro do desastre dos empréstimos de risco.
No verão de 2009, o seu nome começou a ser apontado, pela primeira vez, para suceder a Bernanke, nomeado em 2006 por George W. Bush e reconduzido em 2010 por Obama para um segundo mandato.
Nessa altura, Janet Yellen acedeu à vice-presidência do diretório do Banco Central e tornou-se uma das melhores aliadas de Ben Bernanke.
"Reduzir o desemprego deve estar no centro da ação", tem repetido.
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