Holanda pede desculpa à Rússia por detenção de diplomata
A Holanda pediu hoje desculpa à Rússia pela detenção de um dos seus diplomatas em Haia, no sábado, depois de ter apurado que a detenção violou as convenções diplomáticas internacionais, anunciou o porta-voz da diplomacia holandesa.
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Mundo Haia
"Com base na informação da polícia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Frans Timmermans, chegou à conclusão de que a detenção do diplomata russo violou a Convenção de Viena", escreveu o porta-voz, Thijs van Son, numa mensagem de correio eletrónico citada por agências internacionais.
"Por isto, a Holanda pede desculpa à Federação Russa", prosseguiu, acrescentando no entanto que o ministro considera que a polícia agiu com "responsabilidade profissional" na detenção do diplomata Dmitri Borodin.
O presidente russo, Vladimir Putin, considerou que a detenção de Borodin numa esquadra por várias horas no sábado à noite constituiu "a mais grosseira violação da Convenção de Viena" e exigiu um pedido de desculpas do governo holandês.
A polícia holandesa escusou-se a comentar o caso, mas jornais holandeses citaram documentos policiais segundo os quais a polícia encontrou Borodin alcoolizado e quase incapaz de se manter em pé quando respondeu a uma queixa de vizinhos de que o diplomata maltratava os dois filhos pequenos.
"A Holanda e a Rússia mantêm-se em contacto para a completa resolução deste incidente", acrescentou o porta-voz.
As relações entre a Holanda e a Rússia deterioraram-se depois de a justiça russa ter acusado 30 tripulantes do navio da organização ecologista Greenpeace, com pavilhão holandês, de pirataria, na sequência de um protesto contra a exploração petrolífera russa no Ártico.
A Holanda reagiu interpondo uma ação legal para libertar os ativistas que, se forem condenados, enfrentam penas de prisão de até 15 anos.
A Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas garante aos diplomatas imunidade em relação a qualquer forma de detenção ou prisão.
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