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Subsidiárias e ex-funcionários da Goldman Sachs acusados de corrupção

A justiça da Malásia apresentou nos tribunais malaios acusações criminais contra subsidiárias e dois ex-funcionários da Goldman Sachs, no âmbito do caso de corrupção da empresa 1Malaysia Development Berhard(1MDB), anunciou hoje o procurador.

Subsidiárias e ex-funcionários da Goldman Sachs acusados de corrupção
Notícias ao Minuto

13:12 - 17/12/18 por Lusa

Mundo Procurador

De acordo com um comunicado oficial do procurador-geral da Malásia, Tommy Thomas, serão acusados os ex-funcionários da Goldman Sachs Tim Leissner e Roger Ng Chong Hwa pela participação nas três séries de títulos no valor de 5.743 milhões de euros que a 1MDB emitiu através da instituição financeira multinacional.

O Procurador-Geral explicou, na nota, que Leissner e Ng Chong Hwa incitaram Low Taek Jho, empresário mais conhecido como Jho Low, e Jasmine Loo Ai Swan, a subornar responsáveis malaios para que a Goldman Sachs obtivesse o contrato para emitir os títulos.

Também serão acusados Jasmine Loo Ai Swan e Jho Low, considerado uma das figuras-chave na trama de 1MDB, caso em que irá a julgamento também o ex-primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak.

Tim Leissner, Roger Ng Chong Hwa, Jasmine Loo Ai Swan e Jho Low também apresentaram declarações falsas ou enganosas a fim de desviar 2.383 milhões de euros de fundos desses títulos, de acordo com o Procurador-Geral.

A primeira série de títulos, de 1.545 milhões de euros, foi emitida pela 1MDB Energy a 18 de maio de 2012; e a segunda, pelo mesmo valor e pelo mesmo emissor, foi colocada à venda a 17 de outubro de 2012.

A terceira, da 1MDB Global Investments, é de 16 de março de 2013 com um fundo de 2.648 milhões de euros.

A Goldman Sachs cobrou oficialmente pela operação "aproximadamente" 530 milhões de euros, mais do que o habitual, sem contar o capital desviado e comissões recebidas por diretores e funcionários da empresa, de acordo com o comunicado oficial.

O procurador-geral indicou que solicitará uma pena máxima de 10 anos de prisão para cada acusado.

O primeiro-ministro Najib Razak criou a 1MDB em 2009, depois de chegar à chefia do Governo, como uma ferramenta do Estado dedicada a atrair investimentos e projetos de desenvolvimento benéficos para o país.

A trama de corrupção veio à tona em 2015, quando vários meios de comunicação informaram que cerca de 2.600 milhões de ringgit (600 milhões de euros) da 1MDB tinham acabado em contas privadas de Najib.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos estima que cerca de 3.974 milhões de euros foram desviados da 1MDB, dos quais cerca de 883 milhões de euros teria sido branqueados nos Estados Unidos com a compra de imóveis, iates, joias e obras de arte, entre outros bens.

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