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Putin diz que acusações de espionagem visam travar Rússia

O chefe de Estado russo, Vladimir Putin, disse hoje que as acusações ocidentais de espionagem, nomeadamente o caso do ex-agente Serguei Skripal, são pretextos para "travar o desenvolvimento" da Rússia.

Putin diz que acusações de espionagem visam travar Rússia
Notícias ao Minuto

12:36 - 20/12/18 por Lusa

Mundo Desenvolvimento

"Se não tivesse havido Skripal, teriam inventado outra coisa. O objetivo é simples: travar o desenvolvimento da Rússia como possível concorrente", afirmou Putin.

A Rússia é acusada de ter envenenado o ex-agente duplo Serguei Skripal e a sua filha no Reino Unido.

Putin respondia a perguntas dos jornalistas sobre as acusações de espionagem durante a conferência de imprensa anual, em Moscovo, na qual participaram 2 mil jornalistas.

No mesmo sentido, o Presidente russo criticou o recente caso da cidadã russa Maria Butina, acusada nos Estados Unidos de "conspiração para promover os interesses da Rússia", tendo-se declarado culpada.

"Não entendo o que pode ter confessado, uma vez que não cumpria nenhuma missão para o Estado russo. Posso assegurar-lhe isto, independentemente do que tenha dito debaixo de ameaças de uma pena de cadeia entre 12 a 15 anos", disse.

"Não percebo porque é que a mantém presa. Não têm nenhum fundamento", prosseguiu, considerando que ao Kremlin "não é indiferente" o futuro daquela cidadã russa.

Para Vladimir Putin, as sanções económicas impostas pelo Ocidente são o resultado da influência crescente da Rússia no mundo.

"Apareceu um ator poderoso com quem é preciso contar. Ainda há pouco tempo, pensavam que não éramos sequer um país", reforçou.

Para o Presidente russo, que apontou a progressão do setor agrícola russo, as sanções foram "em certa medida positivas".

"A nossa economia adaptou-se às limitações exteriores", assegurou.

Butina, de 30 anos, que os EUA ligam ao Kremlin, confessou-se culpada de conspiração contra os Estados Unidos, o que lhe poderá valer uma condenação máxima de cinco anos de prisão.

A acusada admitiu que atuou em coordenação com funcionários russos para tecer uma rede de influências na política norte-americana quando se fazia passar por estudante e aceitou cooperar.

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