"Foi um erro, sentimos muito", escreveu na rede social Twitter o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho.
De acordo com as autoridades, o tsunami foi desencadeado por uma maré anormal associada a um deslizamento submarino causado pela erupção do vulcão Anak Krakatoa.
"A combinação causou um tsunami repentino que atingiu a costa", disse o porta-voz, acrescentando que a agência geológica indonésia estava a conduzir uma investigação para descobrir exatamente o que aconteceu.
A área mais afetada foi a região de Pandeglang, na província de Banten, em Java, que abrange o Parque Nacional de Ujung Kulon e praias populares, de acordo com as autoridades. Das mortes, 33 estavam em Pandeglang.
O vulcão Anak Krakatau, no Estreito de Sunda, que liga o Oceano Índico ao Mar de Java, entrou em erupção antes do tsunami.
O vulcão de 305 metros de altura está localizado a cerca de 200 quilómetros a sudoeste da capital Jacarta e tem sido registada atividade desde junho.
Em julho, as autoridades ampliaram a proibição de acesso para uma área de dois quilómetros à volta da cratera.
O tsunami atingiu Lampung, Samatra, e as regiões de Serang e Pandeglang, em Java.
O país situa-se no chamado Anel de Fogo do Pacífico, zona de forte atividade sísmica, situada na convergência de três placas tectónicas (indo-pacífica, australiana e eurasiática).
O desastre natural mais recente na Indonésia aconteceu a 28 de setembro, quando mais de duas mil pessoas morreram na ilha de Celebes na sequência de um terramoto seguido de tsunami, causando ainda milhares de feridos e desaparecidos.
A ilha turística de Lombok, perto de Bali, no sul da Indonésia, foi atingida por dois fortes terramotos a 29 de julho e a 5 de agosto, seguidos por réplicas, e de um novo sismo de magnitude 6,9, a 19 de agosto, causando mais de meio milhar de mortos.
Em dezembro de 2004, um sismo de magnitude 9,1 também ao largo de Samatra, provocou um tsunami que matou 230 mil pessoas numa dezena de países, das quais 168 mil só na Indonésia.