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Entre 30 a 40 deputados conservadores contra ponderam votar a favor

Entre 30 a 40 deputados conservadores poderão mudar de posição e votar a favor do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia na terça-feira no parlamento, afirmou hoje o deputado George Freeman.

Entre 30 a 40 deputados conservadores contra ponderam votar a favor
Notícias ao Minuto

17:13 - 11/01/19 por Lusa

Mundo Brexit

"Tenho conhecimento de muitos colegas que sentem o mesmo que eu, sei de uns 30 a 40, e prevejo que muitos, muito relutantemente, votem a favor do acordo na terça-feira, mas também suspeito que não será suficiente para ganhar", disse hoje à rádio BBC 4.

George Freeman e a colega Trudy Harrison anunciaram na quinta-feira que afinal vão votar a favor para evitar o risco de um 'Brexit' sem acordo, a consequência por defeito da rejeição do acordo já que a data da saída, 29 de março, está na legislação britânica.

Adepto de um acordo que mantenha o Reino Unido no mercado único europeu, mas com controlo sobre a política para as pescas e a agricultura e uma contribuição financeira inferior à atual, Freeman defende um modelo próximo do que tem a Noruega, mesmo que tal implique a livre circulação de trabalhadores.

"Eu tenho reservas sobre este acordo e queria ter uma oportunidade para debater em dezembro e votar de forma a dar um sinal a propósito dessas reservas de forma a empoderar a primeira-ministra a renegociar para melhorar o acordo. Mas estamos na fase final, a saída sem acordo é a consequência por defeito e penso que votar contra uma saída ordenada, este acordo de saída, e arriscar uma saída sem acordo é um ato de irresponsabilidade", vincou.

Por outro lado, o possível chumbo do acordo, acredita, "não é um desastre", mas potencialmente "um sinal para a primeira-ministra abrir negociações transversalmente na Câmara [dos Comuns] e explorar todos os caminhos para ver se o parlamento encontra um 'Brexit' que possa ser aprovado".

Em dezembro, cerca de uma centena dos 317 deputados conservadores manifestaram publicamente ser contra o texto, bem como os 10 do aliado Partido Democrata Unionista, cujos líderes têm reiterado a intenção de reprovar o documento.

Para ser aprovado, o acordo precisa teoricamente de 320 votos a favor para contrariar mais de 300 votos esperados dos partidos da oposição, em particular do Partido Trabalhista, dos Liberais Democratas e do Partido Nacionalista Escocês.

Na quinta-feira, um grupo de 20 deputados trabalhistas anunciou que iria apresentar uma alteração ao texto para tentar proteger os direitos dos trabalhadores quando o Reino Unido deixar a UE, medida que, a ser aceite pelo governo, poderia convencer eleitos do 'Labour' em regiões que votaram a favor da saída da UE a deixarem passar o documento.

Durante o debate sobre o acordo hoje no parlamento, o terceiro de cinco dias que se vão prolongar até ao dia do voto, na terça-feira, o ex-ministro do Trabalho e deputado trabalhista Jim Fitzpatrick admitiu estar perto de apoiar Theresa May.

"Estou a tentar convencer-me a apoiar o acordo da primeira-ministra na próxima terça-feira, contra nenhum acordo e contra novos atrasos. Ainda não estou totalmente, mas não estou longe. Parece que a Câmara ainda não está convencida, mas a qualquer momento vamos precisar de reconhecer o perigo de que a ausência de acordo ainda existe e que a única alternativa real em cima da mesa é o acordo da primeira-ministra", salientou.

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