"Dizer que as religiões são a fonte de uma tensão, a fonte de um conflito possível que se poderá desenvolver a qualquer momento, eis (...) o que é necessário explicar a todos: como é uma ideia errada", declarou Rivlin, perante cerca de três dezenas de responsáveis do culto muçulmano e judeu.
Entre eles, encontrava-se Hassen Chalghoumi, antigo imã da mesquita de Drancy, perto de Paris, o cofundador do programa "Emouna, o anfiteatro das religiões", na universidade parisiense Science-Po (formação para padres, pastores, rabis, imãs e monges budistas), o imã Mohammed Azizi e o presidente da associação dos muçulmanos senegaleses de França, Kemadou Gassama.
O escritor e ativista judeu Marek Halter, o grande rabi de França, Haim Korsia, e o presidente do conselho representativo das instituições judias em França, Francis Kalifat.
Em Jerusalém, "quatro tribos vivem lado a lado", disse Rivlin, adiantando: "não somos condenados a viver juntos, mas estamos destinados a viver juntos".
Evocando um aumento dos populismos, do "fundamentalismo, (...) do extremismo, do racismo", das "coisas que conduzem ao antissemitismo", o presidente israelita, filho de um professor que traduziu o Corão, apelou o seu auditório a "construir uma confiança entre as religiões".
O imã Chalghoumi considerou o encontro "histórico, forte e importante" para "o futuro destas duas comunidades", adiantando constituir uma "chama de esperança" num "período de tensões".
"Estou aqui para saudar os esforços do presidente israelita para juntar judeus e árabes", declarou pouco antes à AFP Mohammed Azizi, que defende uma "interação pacífica".