Mentor deste acordo com o seu homólogo do país vizinho Zoran Zaev, Tsipras assinalou que o acordo, destinado a terminar com um contencioso diplomático com quase 30 anos, tem por objetivo "a amizade, a cooperação e a paz".
A ratificação do Acordo de Prespes pelos deputados gregos permite o fim do veto da Grécia sobre a adesão da vizinha Macedónia à NATO e a integração na União Europeia (UE).
Numa reação quase imediata, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, saudou a aprovação do acordo, que permitirá a Skope juntar-se à maior aliança militar do mundo. "è um importante contributo para a estabilidade e prosperidade de toda a região", considerou também no Twitter.
E acrescentou: "Espero que a República da Macedónia do Norte adira à NATO".
Em Bruxelas, responsáveis oficiais de UE também se congratularam com o desfecho da votação em Atenas.
O primeiro-ministro macedónio também felicitou hoje Tsipras, escrevendo igualmente no Twitter: "Juntamente com os nossos povos alcançámos uma vitória histórica".
Na mensagem dirigida ao "amigo Tsipras", Zaev também celebrou o novo nome do seu país, agora designado República da Macedónia do Norte.
"Longa vida ao acordo de Prespes! Pela paz eterna e o progresso nos Balcãs e na Europa!", escreveu.
O acordo, previamente assinado por Atenas e Skopje em junho, enfrentou uma forte oposição e já custou ao primeiro-ministro Alexis Tsipras a sua maioria parlamentar. No entanto, Tsipras garantiu hoje o apoio de 153 dos 300 deputados do parlamento, incluindo os 145 eleitos pelo partido de esquerda Syriza, no poder desde 2015.
Os restantes oito votos foram provenientes de deputados independentes, do centro ou de dissidentes das fileiras do ex-parceiro Os restantes oito votos foram provenientes de deputados independentes, do centro ou de dissidentes das fileiras do ex-parceiro governamental, os Gregos Independentes (Anel) de Panos Kammenos, que rompeu a coligação em 13 de janeiro a abandonou o cargo de ministro da Defesa por descordar do Acordo de Prespes.
O voto de ratificação surgiu após três dias de intensos debates sobre o acordo, destinado a terminar com quase três décadas de um contencioso que impediu a ex-república jugoslava, independente desde 1991, de aderir à NATO e à União Europeia.
Anteriores governos gregos e amplos setores da sociedade argumentaram que a utilização deste nome implicava reivindicações territoriais sobre a sua província do norte com o mesmo nome, e uma usurpação da cultura e da história da antiga Grécia.
O parlamento macedónio tinha já ratificado o acordo sobre a mudança do nome em 11 de janeiro.