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Loja de desporto que boicotou a Nike em protesto acabou na falência

O protesto surgiu após uma campanha publicitária da Nike que incluía o ex-atleta da NFL, Colin Kaepernick.

Loja de desporto que boicotou a Nike em protesto acabou na falência
Notícias ao Minuto

15:27 - 15/02/19 por Pedro Filipe Pina

Mundo Colorado

A falência de uma loja de desporto no Colorado ganhou atenção nacional nos Estados Unidos.

Ao fim de 21 anos, a Prime Time Sports fechou portas. O anúncio foi feito pelo próprio dono, Stephen Kurtis Martin, no Facebook. O caso poderia ser apenas de insucesso de um pequeno negócio, mas há contexto político e social.

No ano passado, a Nike criou uma nova campanha publicitária que incluía, entre outros, Colin Kaepernick.

Kaepernick é o antigo atleta da NFL que protagnizou o protesto silencioso e simbólico de se ajoelhar durante o hino dos EUA, num gesto contra a violência racista e práticas discriminatórias da polícia norte-americana.

O atleta ainda contou com o apoio de outros atletas da liga de futebol americano (NFL) mas irritou a direita norte-americana, em particular Donald Trump. Embora nunca tal tenha sido afirmado oficialmente, o atleta acabou por ficar sem contrato e nunca mais foi contratado para a NFL.

No ano passado, a Nike escolheu-o para rosto de uma campanha publicitária. O rosto de Colin Kaepernick surge na campanha com a hashtag #JustDoIt acompanhada da frase "Believe in something, even if it means sacrificing everything" ("acredita em algo, mesmo que isso implique sacrificares tudo", em tradução livre).

Mais uma vez, houve debate. Os números mostraram que o caso foi um sucesso de vendas para a Nike, mas a iniciativa irritou alguns setores. Entre eles estava a Prime Time Sports, a loja de Stephen Kurtis Martin.

Zangado, o dono da loja anunciou em setembro do ano passado que iria boicotar a conhecida marca de desporto na sua loja. Cerca de quatro meses depois, já este mês, a loja foi mesmo à falência.

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