Rio de Janeiro bate recordes no primeiro fim de semana de Carnaval
O Carnaval do Rio de Janeiro bateu recordes de público, com mais de um milhão de foliões nos blocos de rua realizados durante o fim de semana, informou hoje a prefeitura daquela cidade brasileira.
© Lusa
Mundo Público
"O Carnaval deste ano está a bater sucessivos recordes de público nos blocos que desfilam pela cidade. Neste sábado, o (bloco) Areia, no Leblon, recebeu 326 mil foliões (no ano passado, foram 80 mil, ou seja um aumento de 407%). No domingo, o bloco Carrossel de Emoções já havia levado 280 mil pessoas à Barra da Tijuca, dez vezes mais do que em 2018, quando foram 28 mil. Os blocos que já desfilaram neste domingo atraíram 662.150 foliões", anunciou a prefeitura, na sua página na Internet.
O sucesso do Carnaval carioca fez com que a cidade se tornasse no terceiro destino mais procurado do Airbnb -- plataforma de alojamento 'online' --, no período de 01 a 06 de março, ficando atrás apenas de Londres e Paris. As verbas geradas pela plataforma, nesse período, ultrapassam os 30 milhões de reais (cerca de sete milhões de euros).
A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou ainda que efetuou, neste domingo, uma operação de combate às irregularidades em blocos de carnaval - organizações de foliões com carros alegóricos e alusivos a um tema -, com foco "na desocupação do espaço público e no combate à comercialização de produtos não autorizados".
A proibição do uso de garrafas de vidro é uma das principais preocupações daquela prefeitura, de forma a evitar que sejam usadas como armas em assaltos ou em lutas.
O trabalho em causa teve o apoio da Secretaria Municipal de Ordem Pública e da Guarda Municipal.
Nos quatro postos de saúde montados pela prefeitura para atender aos foliões nos blocos com maior concentração foram realizados 54 atendimentos, no domingo. Desse total, apenas um paciente necessitou de ser transferido para um hospital da rede municipal de Saúde.
Desde o início do Carnaval já foram realizados 284 atendimentos nos postos de saúdo espalhados pela cidade, informou a prefeitura do Rio de Janeiro. O atendimento médico neste período conta ainda com sete postos montados no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, para os desfiles das escolas de samba.
Durante os dois dias de festa no sambódromo, foram registados 408 atendimentos médicos: 154 na primeira noite e mais 254 na segunda noite de desfiles.
Os casos mais comuns que requerem atendimento são o mal-estar por causa do calor, picos de hipertensão, lesões nos ligamentos de uma articulação e intoxicação por álcool ou outras drogas, detalhou a prefeitura.
O Carnaval do Rio de Janeiro, no Brasil, que é considerada a maior festa a céu aberta do mundo, começou oficialmente na sexta-feira.
A festa mais emblemática do Brasil representa um investimento de 72,4 milhões de reais (cerca de 17 milhões de euros) na capital fluminense.
A segurança será reforçada através de câmaras de segurança com reconhecimento facial e do controlo policial, sendo mobilizados diariamente 3.480 guardas para o sambódromo e 5.493 para as ruas, sendo que 430 veículos serão utilizados exclusivamente para operações na via pública.
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