Repórteres pedem investigação a homicídios de jornalistas no México
A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) anunciou na terça-feira que pediu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a investigação do assassínio de 102 jornalistas e o desaparecimento de outros 14 no México, entre 2012 e 2018.
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Mundo RSF
A RSF e a organização não-governamental mexicana Proposta Cívica vão "apresentar ao TPI crimes contra a humanidade cometidos contra jornalistas no México", disse o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, durante uma conferência de imprensa na capital mexicana.
Aqueles 102 assassinatos e 14 desaparecimentos ocorridos durante as presidências de Felipe Calderon (2006-2012) e Enrique Pena Nieto (2012-2018) podem ser considerados como "crimes contra a humanidade", porque foram perpetrados no quadro de um "ataque generalizado e sistemático contra uma população civil, na ocorrência os jornalistas".
Deloire acrescentou que existe uma evidente cumplicidade das autoridades, que dificultaram os inquéritos e terão mesmo encomendado alguns dos ataques.
O México está classificado na 147.ª posição entre 180 Estados na tabela da liberdade de imprensa publicada pela RSF.
Segundo esta organização, é um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas, ao nível do Afeganistão, Síria ou Iémen. Em 2018 foram assassinados dez jornalistas no México.
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