Israel acusa Hezbollah de criar rede militar nos Golã sírios
Israel acusou hoje o movimento xiita libanês Hezbollah, um dos seus inimigos, de estar a criar uma rede militar nos montes Golã sírios, perto do território israelita, para atacar o Estado hebreu.
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Mundo Acusação
A rede será comandada por Ali Moussa Daqdouq, do Hezbollah, e o seu objetivo é ter a prazo equipas que poderão atacar Israel quando lhes for dada ordem, afirma o exército israelita num comunicado.
A rede está "numa fase inicial de criação e de recrutamento" e "ainda não está operacional", adianta.
"Temos uma mensagem clara: não permitiremos ao Hezbollah estabelecer no Golã uma estrutura terrorista capaz de atingir civis israelitas", advertiu na rede social Twitter um porta-voz do exército, o tenente-coronel Jonathan Conricus.
"Responsabilizamos o regime sírio por tudo o que se passa na Síria e que visa Israel", adiantou.
Segundo o exército de Israel, a rede que começou a ser criada em junho-julho de 2018 têm-se dedicado à recolha de informação e conta com o apoio do exército sírio.
Israel conquistou uma grande parte dos montes Golã sírios durante a guerra dos Seis Dias em 1967 e posteriormente anexou o território, uma decisão não reconhecida pela comunidade internacional.
A informação divulgada hoje constitui mais um episódio do "braço de ferro" entre Israel e o Hezbollah e do confronto mais vasto entre o Estado hebreu e o Irão, o principal apoiante da organização libanesa.
O Hezbollah e o Irão intervêm ao lado do regime de Bashar al-Assad, também apoiado pela Rússia, na guerra civil na Síria.
Israel tem feito uma campanha implacável contra a presença do Hezbollah e do Irão na vizinha Síria e já atacou, sobretudo a partir de janeiro de 2017, "milhares de alvos" iranianos e do movimento xiita no país, como colunas com armamento, armazéns e locais de fabrico de armas, bem como centros de informações, disse o general israelita Gadi Eisenkot em janeiro deste ano.
A Síria e Israel continuam tecnicamente em guerra desde o conflito do Yom Kippur em 1973. A linha de cessar-fogo permaneceu durante longos anos calma, mas a tensão tem aumentado desde o início da guerra na Síria em 2011.
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