Edifício que colapsou na Nigéria estava marcado para demolição desde 2018
Funcionava uma escola no terceiro andar do prédio. Dezenas de pessoas ficaram soterradas.
© Reuters
Mundo Lagos
Um edifício de três andares desabou às 10h00 locais (09h00 em Portugal) desta quarta-feira, em Lagos, na Nigéria, num momento em que decorriam aulas numa escola que funcionava no último piso. Dezenas de pessoas ficaram soterradas, incluindo crianças.
O prédio inseria-se numa zona populacional de Lagos e albergava ainda um centro de reabilitação e uma mercearia.
Em conferência de imprensa esta manhã, a equipa de resgate confirmou que "cerca de 40 pessoas foram resgatadas com vida" dos escombros, mas que ainda "não há número oficial para as vítimas mortais", refere o DW, que está presente no local.
Segundo o mesmo meio, as operações de resgate pararam por agora - estão a desviar os escombros, com recurso a uma retroescavadora. E as equipas de resgate referem que não esperam encontrar mais ninguém, garantindo ter procurado meticulosamente ao longo de toda a área.
Rescue operations have come to a halt. Rescue teams say they have meticulously combed through debris. Clean up operations have begun. #LagosBuildingCollapse More to come @dwnews pic.twitter.com/UlYNK5PtO0
— Fanny Facsar (@FannyFacsar) March 14, 2019
Ao canal alemão, vários habitantes locais deram conta de que o edifício era muito velho e que era suposto ser demolido. A informação foi mais tarde confirmada pelo governador do Estado de Lagos, Akinwuni Ambode, referindo ainda que a escola que estava dentro do edifício era ilegal e não tinha autorização para funcionar naquele local.
A sinalização para demolição foi ainda confirmada pelo responsável de relações públicas da Agência de Controlo de Edifícios do Estado. "O edifício já estava afetado em 2018 e nós marcámo-lo [para demolição] em 2018. Evacuámos o edifício, mas, infelizmente, eles [os ocupantes] acabaram por regressar", disse Gbade Tola ao jornal económico nigeriano Business Day.
Segundo o The Punch, um jornal local, que cita testemunhas e os hospitais, estará uma mulher grávida entre as vítimas mortais, bem como o proprietário da escola e 19 outras pessoas, incluindo pelo menos 12 alunos. No entanto, a Agência Nacional de Gestão de Emergências do país, fala em oito mortos e 34 pessoas resgatadas com vida. Para já, os números são pouco claros.
É ainda descrito que o sentimento geral entre os habitantes locais presentes na zona da tragédia é de incredulidade face ao o que ocorreu. Apesar de tudo, esta não é a primeira situação do género que ocorre no país, sobretudo devido ao uso de materiais de construção de fraca qualidade e à falta de normas de controlo.
No entanto, desconhece-se para já o que provocou a queda do edifício.
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