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Brexit: É preciso trabalhar até ao último momento para uma saída ordenada

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse hoje que "é preciso trabalhar até ao último momento" para alcançar uma saída ordenada do Reino Unido da União Europeia (UE), admitindo, contudo, que "o espaço de manobra" de Bruxelas "é limitado".

Brexit: É preciso trabalhar até ao último momento para uma saída ordenada
Notícias ao Minuto

14:54 - 21/03/19 por Lusa

Mundo Angela Merkel

"Acho que todos estamos conscientes de que isto [o 'Brexit'] é algo com uma dimensão histórica e, por isso, devemos ser cautelosos e tentar até ao último momento que haja uma saída ordenada", disse Angela Merkel, que falava aos jornalistas à entrada do Conselho Europeu, que decorre em Bruxelas.

Os líderes da UE discutem hoje, em Bruxelas, o pedido de adiamento do 'Brexit' apresentado pelo Governo britânico, num Conselho Europeu que afinal já não será o de "adeus" do Reino Unido.

Segundo Angela Merkel, "as conversações [de hoje] com a primeira-ministra britânica serão importantes porque ela terá oportunidade de demonstrar qual é a sua perceção sobre o processo".

Contudo, alertou: "Podemos tentar dar uma contribuição para as votações que ainda vão acontecer no parlamento britânico, mas em todo caso devemos afirmar que o nosso espaço de manobra é limitado".

Vincando que "o acordo de saída foi bem negociado", Angela Merkel alertou para os problemas de um processo sem acordo.

A uma semana da data agendada para a concretização da saída do Reino Unido do bloco europeu, a cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE, que era suposto ser a de despedida do Reino Unido do bloco europeu, começará no formato a 27, sem a primeira-ministra britânica na sala, para apreciar precisamente o pedido formalmente apresentado na véspera por Theresa May para adiar o 'Brexit' até 30 de junho.

Num contexto de saturação do lado da UE a 27 com as hesitações, avanços e recuos de Londres, a discussão promete ser animada entre os líderes europeus -- entre os quais o primeiro-ministro, António Costa --, já que, se é verdade que sempre todos admitiram preferir uma saída ordenada do Reino Unido, são muitos aqueles que duvidam que um prolongamento curto sirva de algo.

Uma questão central na discussão e na decisão a ser tomada pelos 27 -- que têm de aprovar de forma unânime o pedido do Reino Unido -- prende-se com a complexidade legal do prolongamento até final de junho, pois há eleições europeias em maio (entre os dias 23 e 26).

A Comissão Europeia solicitara mesmo a May que a data de extensão do Artigo 50.º não ultrapassasse a data das eleições europeias, por poder causar "dificuldades institucionais e incerteza legal", mas a primeira-ministra britânica avançou mesmo com o pedido de um prolongamento curto.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, já condicionou essa "curta extensão" do 'Brexit' a uma "votação positiva" do Acordo de Saída pelo Parlamento britânico, reconhecendo que a esperança de um desfecho bem-sucedido parece cada vez mais ilusória.

Um cenário que não pode ser afastado -- embora seja improvável -- é o de uma rejeição do pedido de extensão do Artigo 50.º, o que ditaria uma saída desordenada do Reino Unido da UE no final da próxima semana.

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