Donald Trump reconheceu esta segunda-feira, oficialmente, a soberania de Israel sobre os Montes Golã, durante a deslocação aos Estados Unidos do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
De acordo com a Associated Press, Trump já assinou o decreto que oficializa a decisão e que "reverte mais de meio século de política norte-americana", justificando a medida com as "agressivas ações" do Irão e de grupos "terroristas" contra Israel.
O documento contraria o consenso internacional expresso em várias resoluções das Nações Unidas.
"Isto é algo que já devia ter sido feito há muitas décadas", disse Trump ao rubricar o decreto na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O presidente norte-americano, recorde-se, já tinha indicado que era chegado o momento de reconhecer a soberania do Estado hebreu sobre aquele território, que ocupou à Síria em 1967, na designada guerra dos Seis Dias, e anexou-o em 1981, numa decisão que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.
Segundo a Human Rights Watch, cerca de 27.000 sírios continuam na zona dos Montes Golã ocupada por Israel e a esperada mudança na política dos Estados Unidos "reflete desprezo pelos seus direitos".
A organização humanitária tinha considerado esta segunda-feira que a administração norte-americana, ao oficializar esta decisão, estaria a negar a realidade e a desrespeitar a proteção devida à população síria na zona.