Crise dos migrantes na fronteira EUA-México chegou a um "ponto de rutura"
Um dos responsáveis da autoridade fronteiriça norte-americana destacou que está a ser feito "tudo para evitar uma tragédia", mas que poderá ser apenas uma "questão de tempo".
© Reuters
Mundo CBP
A crise dos migrantes da América Central que tentam entrar nos Estados Unidos através da fronteira com o México está a agravar-se e chegou a um “ponto de rutura”, segundo o comissário da Customs and Border Protection, a autoridade fronteiriça norte-americana.
Kevin McAleenan deu o exemplo do que está a acontecer numa das instalações da CBP em El Paso, no Texas. “Na segunda e na terça, a CBP começou o dia com 12 mil migrantes sob custódia. Desde esta manhã (quarta-feira), esse número era de 13.400. Um número alto para nós é 4 mil. Um número de crise é 6 mil. 13 mil é sem precedentes”, revelou numa conferência de imprensa.
Segundo a BBC, o comissário relembrou que durante vagas anteriores de imigração, a maioria das pessoas que tentava entrar nos Estados Unidos eram adultos solteiros. Mas o panorama é diferente agora. Tratam-se de famílias ou de crianças sozinhas, que portanto não podem ser repatriadas. Ficam sob custódia mas “quase de certeza serão libertadas para permanecerem nos Estados Unidos indefinitivamente”.
Kevin McAleenan referiu que a CBP espera que 40 mil crianças, que entraram sozinhas nos EUA, passem a estar sob a sua custódia até final deste mês.
“Estamos a fazer tudo o que podemos para simplesmente evitar uma tragédia numa instalação da Customs and Border Protection. Mas com estes números, com o tipo de doenças que estamos a ver… receio que seja apenas uma questão de tempo”, alertou o comissário.
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