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Irão "nunca vai aceitar fechar enriquecimento nuclear subterrâneo"

Um político iraniano disse hoje que o Irão nunca concordaria com o encerramento do Fordo, o programa de enriquecimento nuclear subterrâneo, como exigido pelas potências mundiais, noticiou hoje a agência de notícias Mehr.

Irão "nunca vai aceitar fechar enriquecimento nuclear subterrâneo"
Notícias ao Minuto

13:54 - 27/10/13 por Lusa

Mundo Político

"É impossível que eles imponham condições como encerrar o Fordo, que definitivamente não vai acontecer", afirmou Alaeddin Boroujerdi, presidente do comité de política externa no parlamento iraniano à agência Mehr, citada pela AFP.

O programa Fordo, com cerca de três mil centrífugas subterrâneas perto da cidade sagrada de Qom, a cerca de 150 quilómetros a sul de Teerão, está no centro das preocupações internacionais sobre o programa nuclear do Irão.

O local, cuja existência foi revelada em 2009, começou no final de 2011 a enriquecer urânio com níveis de pureza de 20%, a poucos passos técnicos do nível de 90% necessários para a arma nuclear.

O Irão explica que está a enriquecer urânio com este nível de pureza para fornecer combustível ao Reator de Investigação de Teerão, que produz substâncias médicas, e rejeita estar a desenvolver armas nucleares.

Fechar o Fordo ou limitar as suas atividades de enriquecimento tem sido uma exigência chave de seis potências mundiais (a Alemanha e os cinco com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU - Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos), nas negociações com o Irão sobre o seu controverso programa nuclear.

Em troca, as potências mundiais estão a oferecer um aligeiramento das sanções contra a república islâmica, como as que foram impostas ao comércio de ouro e ao setor petroquímico.

O Irão retomou as conversações com os líderes mundiais em meados de outubro, em Genebra, e apresentou uma nova proposta que o mediador iraniano nas negociações, Abbass Araqchi, disse que poderia terminar a disputa "dentro de um ano".

Os negociadores vão encontrar-se para a semana em Viena para preparar a próxima ronda de conversações, em Genebra, a 07 e 08 de novembro.

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