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Brexit: Alemanha diz que o Reino Unido tem "muito que clarificar"

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, afirmou hoje que Londres tem muitos aspetos "a clarificar" em relação ao pedido de extensão do 'Brexit' formalizado hoje pela primeira-ministra Theresa May.

Brexit: Alemanha diz que o Reino Unido tem "muito que clarificar"
Notícias ao Minuto

15:56 - 05/04/19 por Lusa

Mundo Heiko Maas

uma situação difícil, ainda há muitas questões que devem ser clarificadas em Londres", disse o ministro alemão aos jornalistas à margem de uma reunião dos chefes das diplomacias do G7 em Dinard, no noroeste de França.

No Conselho Europeu da próxima quarta-feira, em Bruxelas, os dirigentes dos 27 vão "dar a sua opinião sobre a questão do adiamento e da sua duração", acrescentou Mass, sublinhando que "as eleições europeias são um ponto importante" e que "a legitimidade não deve ser ameaçada seja de que maneira for".

"É para nós essencial que elas decorram de forma ordenada" e com "grande segurança em matéria jurídica", frisou.

Posição semelhante foi manifestada pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que considerou que o pedido de May não responde às questões da UE e dos restantes Estados-membros.

"A carta que foi enviada, no que me diz respeito, não responde ao pedido" da UE para esclarecimentos sobre o que pretendem os britânicos, disse Rutte na conferência de imprensa semanal em Haia. "O plano era os britânicos explicarem-nos o que pretendem", insistiu.

"Esta carta levanta muitas questões e vai dar origem a intensas discussões nos próximos dias, por telefone, e na próxima semana, na Cimeira Europeia" de 10 de abril, acrescentou o primeiro-ministro holandês.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, formalizou hoje um segundo pedido de prorrogação da data de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), agora até dia 30 de junho, indicando estar a preparar-se para realizar eleições europeias em maio.

May formulou o pedido de extensão numa carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, na qual evoca os passos que tomou com vista a uma solução para a crise política no Reino Unido, designadamente o início de negociações com o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, para encontrar um entendimento sobre uma proposta a apresentar ao parlamento britânico para permitir uma saída com acordo.

Na missiva, a primeira-ministra britânica refere não ser nem do interesse do Reino Unido nem da UE que o país participe nas eleições para o Parlamento Europeu, que se vão realizar entre 23 e 26 de maio, mas "aceita a opinião do Conselho Europeu de que, se o Reino Unido continuar a ser membro da União Europeia a 23 de maio, teria a obrigação legal de realizar eleições".

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