PSOE poderia formar Governo tanto com Cidadãos como com Unidas Podemos
Uma sondagem publicada hoje pelo polémico Centro de Investigações Sociológicas (CIS) espanhol indica que o Partido Socialista, no poder, ganharia as eleições legislativas e poderia escolher uma solução de Governo tanto à esquerda como à sua direita.
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Mundo Sondagens
A sondagem publicada pelo "organismo autónomo" que depende do Governo espanhol dá ao PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) 30% de intenção de voto para as eleições legislativas de 28 de abril próximo.
Se as eleições se realizassem hoje, segundo a mesma sondagem, o bloco de partidos de direita -- Partido Popular (PP, direita), Cidadãos (direita liberal) e Vox (extrema-direita) - não conseguiria obter a maioria absoluta de deputados (176 num total de 350).
O PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) poderia formar um Governo conseguindo o apoio de uma maioria absoluta do parlamento tanto à direita, com o Cidadãos, como à esquerda, com o Unidas Podemos (coligação de extrema-esquerda).
Os socialistas têm-se mostrado abertos a uma solução de Governo tanto à esquerda, com Unidas Podemos, como à direita, com o Cidadãos, partido que, no entanto, já anunciou recusar um acordo com "este PSOE de Pedro Sánchez", o atual Primeiro-ministro.
A soma dos votos do PSOE e do PP também atingiria a maioria absoluta, mas os dois partidos são os grandes "inimigos" da política espanhola e têm-se intercalado na condução do executivo desde a transição democrática, há mais de 40 anos.
O CIS tem sido alvo de críticas da direita, que acusa o organismo de manipular os dados das sondagens a favor dos socialistas.
Nesta sondagem, o organismo fez 16.800 entrevistas pessoais, quase seis vezes mais do que o número utilizado habitualmente todos os meses.
O PSOE seria o partido mais votado com até 138 deputados e 30,2% das intenções de voto, seguido pelo PP, com um máximo de 76 lugares e 17,2%, vindo em terceiro lugar o Cidadãos, com um máximo de 51 deputados e 13,6%, seguido do Unidas Podemos com 43 lugares e VOX, que entraria pela primeira vez no parlamento, em quinto lugar, com um máximo de 37 assentos e 11, 9%.
O primeiro-ministro socialista espanhol, Pedro Sánchez, convocou eleições legislativas antecipadas para 28 de abril, as terceiras em menos de quatro anos, depois de o parlamento ter chumbado a 13 de fevereiro último o seu projeto de Orçamento para 2019.
Pedro Sánchez justificou a sua decisão porque "entre não fazer nada", continuando a governar com o orçamento do chefe do Governo anterior, Mariano Rajoy, do Partido Popular, e "dar a palavra aos espanhóis", prefere a segunda opção.
A queda do Governo deveu-se principalmente à falta de apoio dos partidos independentistas catalães na aprovação do orçamento para 2019, depois de terem ajudado em junho do ano passado o PSOE a chegar ao poder.
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