EUA fornecem mais ajuda humanitária a venezuelanos que fugiram do país
O vice-presidente norte-americano anunciou hoje que os Estados Unidos vão fornecer mais 61 milhões de dólares de ajuda humanitária para apoiar a resposta regional aos 3,4 milhões de venezuelanos que fugiram da Venezuela devido à crise.
© Reuters
Mundo Mike Pence
Segundo um comunicado do Departamento de Estado norte-americano, o anúncio de Mike Pence foi feito num discurso proferido perante o Conselho de Segurança da ONU, durante uma reunião daquele órgão por ele pedida para discutir a crise humanitária naquele país latino-americano.
Assim, no total, "os Estados Unidos disponibilizaram mais de 213 milhões de dólares de ajuda humanitária para fornecer bens de primeira necessidade e serviços sociais básicos -- incluindo abrigo, alimentação de emergência e cuidados de saúde, água potável, proteção contra violência e exploração e acesso a oportunidades de trabalho e educação -- aos mais vulneráveis cidadãos venezuelanos que se encontram em 16 países da região", lê-se no comunicado.
Esta ajuda, frisa o Departamento de Estado, complementa os esforços dos países anfitriões para acudir "àqueles que fugiram à repressão e ao caos na Venezuela".
A ajuda hoje anunciada por Pence, financiada pelo Departamento de Estado e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), vai somar-se aos carregamentos que os Estados Unidos e os seus parceiros pré-posicionaram no Brasil, na Colômbia e na ilha de Curaçao desde 07 de fevereiro deste ano, precisa-se no documento.
Na Colômbia, os parceiros dos Estados Unidos prestam apoio no acolhimento aos venezuelanos, incluindo alimentos básicos, assistência médica, abrigo, água potável, produtos e instalações de higiene, ao passo que as organizações humanitárias financiadas pelo Governo norte-americano ajudam a fornecer documentação legal e a construir alojamentos ou oferecem apoio de recolocação.
Por exemplo, num centro de acolhimento recém-inaugurado em La Guajira, estão instaladas cerca de 200 famílias desde o início de abril.
No Brasil, as organizações financiadas pelos Estados Unidos estão a dar aos venezuelanos em situação precária água potável e acesso a produtos e instalações de higiene.
Além disso, os parceiros de Washington estão a ajudar a recolocar os cidadãos venezuelanos no Brasil em locais em que tenham acesso a emprego.
"Os nossos parceiros estão também a financiar alojamento local e despesas de transporte", acrescentou o Departamento de Estado na nota de imprensa.
No Equador, o Governo norte-americano financia parceiros para distribuir ajuda alimentar, fornecer alojamento e dar formação profissional a migrantes venezuelanos vulneráveis.
Em Trinidad e Tobago, os Estados Unidos estão a dar abrigo temporário e assistência financeira às famílias venezuelanas mais carenciadas e, como as crianças de requerentes de asilo registados não podem frequentar a escola, os parceiros de Washington estão a dar-lhes aulas em instalações de ensino temporárias.
Em paralelo, continuam a instar as autoridades locais a encontrar uma solução mais sustentável que permita que as cerca de 800 crianças de requerentes de asilo venezuelanos possam frequentar a escola.
No Peru, os Estados Unidos estão a fornecer refeições quentes e apoio nutricional, ao passo que os seus parceiros vão ao encontro dos refugiados venezuelanos na fronteira e os ajudam a entrar em contacto com organizações que os ajudem com abrigo, cuidados de saúde e outros serviços sociais.
Os parceiros da Administração norte-americana estão também a prestar assistência direta às famílias, oferecendo-lhes a hipótese de assegurar aquilo de que mais precisam, quer seja comida ou utensílios domésticos de mercados locais, produtos de higiene pessoal ou um local para ficar, refere ainda o Departamento de Estado no comunicado.
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