Líder supremo do Irão remodela liderança dos Guardiães da Revolução
O líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, remodelou a liderança dos Guardiães da Revolução, nomeando como novo comandante o general Hossein Salami duas semanas após os EUA classificarem este corpo militar como grupo terrorista.
© Reuters
Mundo Ali Khamenei
Teerão, 22 abr 2019 (Lusa) - O líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, remodelou a liderança dos Guardiães da Revolução, nomeando como novo comandante o general Hossein Salami duas semanas após os EUA classificarem este corpo militar como grupo terrorista.
Salami, até agora "número dois" da Guarda Revolucionária, sucede a Mohammad Ali Jafari, segundo o decreto publicado hoje pela imprensa oficial, que não detalha os motivos da mudança.
"Tendo em conta os seus méritos e as suas valiosas experiências na direção de alto nível e nas suas distintas responsabilidades na instituição revolucionária e popular que é o Corpo dos Guardiães, outorgo-lhe o grau de comandante em chefe", pode ler-se na ordem emitida no domingo à noite por Khamenei.
O líder supremo agradeceu ainda os "valiosos serviços" prestados por Jafari durante a última década e nomeou-o chefe da sede Cultural e Social de Hazrat Baqiatolah al-Azam.
Khamenei, que é também o chefe das Forças Armadas do Irão, aconselhou Salami a reforçar e atualizar as capacidades dos Guardiães da Revolução.
Salami destacou-se pelas suas ameaças aos EUA e a Israel e pela sua defesa dos programas de mísseis do Irão, assegurando que Teerão nunca travará o desenvolvimento das suas capacidades militares.
"Os nossos inimigos, incluindo os EUA, o regime sionista (Israel) e as suas marionetas na região, devem saber que a nação iraniana se preparou para os cenários de ameaças mais perigosos", alertou em maio.
Os EUA classificaram este mês os Guardiães da Revolução como grupo terrorista, tendo o Irão respondido com o reconhecimento de Washington como "patrocinador do terrorismo" e as suas tropas destacadas no Médio Oriente como grupo terrorista.
Os vários órgãos de poder no Irão defenderam a Guarda Revolucionária, criada depois do triunfo da Revolução Islâmica para proteger o sistema teocrático xiita.
Os Guardiães, com cerca de 125.000 efetivos, são a organização militar mais poderosa do Irão e têm grande influência política e económica no país, bem como no Médio Oriente.
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