O vice-inspetor da polícia, Priyalal Disanayaka, escreveu uma carta dirigida aos diretores de quatro agências de segurança do Sri Lanka a pedir que "prestassem atenção extra" aos lugares e aos vip's sob a sua alçada.
O relatório dos serviços de informações, que foi anexado à carta, indica que o grupo Towheed Jamaar Nacional estaria a planear para breve um ataque suicida "em algumas igrejas importantes".
Apesar do alerta, desconhece-se se foram tomadas algumas medidas antes dos atentados na Páscoa contra hotéis e igrejas.
Na sequência dos ataques, as autoridades do Sri Lanka aumentaram ainda mais as medidas de segurança.
O país está sob estado de emergência. Os funcionários dos correios já anunciaram que não vão aceitar encomendas pré-embaladas.
O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, declarou hoje um dia de luto nacional.
As oito explosões de domingo mataram, pelo menos, 310 pessoas, entre as quais um português residente em Viseu, e provocaram mais de 500 feridos.
O número de pessoas detidas relacionadas com os ataques também aumentou para 40, disse à agência Efe o porta-voz da polícia Ruwan Gunasekera.
O responsável da polícia afirmou que as autoridades acreditam que os ataques atribuídos a um grupo extremista islâmico local, o National Thowheeth Jama'ath, terão sido apoiados internacionalmente.
A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões: em quatro hotéis de luxo e uma igreja.
Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país.
A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.
As primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08:45 de domingo (03:15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais.