O gabinete do Presidente, Maithripala Sirisena, anunciou que pediu hoje as renúncias aos dois responsáveis, mas não deixou imediatamente claro quem iria substituí-los.
Sirisena disse durante um discurso transmitido na televisão, na terça-feira, que planeava mudar o chefe das forças de defesa em 24 horas.
O número de mortos nos atentados suicidas no domingo de Páscoa no Sri Lanka subiu para 359 e mais suspeitos foram detidos nas últimas horas, informou hoje a polícia cingalesa.
O porta-voz da polícia, Ruwan Gunasekara, disse que foram detidos mais 18 suspeitos de ligação aos atentados, elevando o total para 58.
O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, alertou na terça-feira que vários suspeitos armados com explosivos ainda se encontravam em fuga.
O Governo sustentou que os ataques foram realizados por fundamentalistas islâmicos em aparente retaliação ao massacre nas mesquitas da Nova Zelândia em março, mas disse que os sete bombistas suicidas eram todos do Sri Lanka.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou também na terça-feira a autoria dos atentados contra igrejas e hotéis de luxo.
Um português residente em Viseu está entre as vítimas mortais das oito explosões de domingo que causaram mais de 500 feridos.
A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões: em quatro hotéis de luxo e uma igreja.
Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país.
A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.
As primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 8h45 de domingo (4h15 em Lisboa).