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Extinction Rebellion anuncia fim voluntário dos protestos em Londres

O movimento Extinction Rebellion anunciou hoje que vai concluir voluntariamente na quinta-feira as ocupações que possui atualmente em dois locais de Londres, e pôr fim a dez dias contínuos de protestos contra as alterações climáticas.

Extinction Rebellion anuncia fim voluntário dos protestos em Londres
Notícias ao Minuto

17:27 - 24/04/19 por Lusa

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"Vamos deixar os locais físicos, mas um espaço para dizer a verdade abriu-se ao mundo", refere num comunicado emitido hoje, que agradece o apoio dos londrinos.

"Nós sabemos que perturbámos as vossas vidas. Não o fazemos de ânimo leve. Fazemo-lo porque esta é uma emergência", justificam.

Uma cerimónia de encerramento terá lugar pelas 17:00 horas nos dois acampamentos que mantém, um junto ao parlamento britânico, em Westminster, e outro em Marble Arch.

Desde 15 de abril que dezenas de milhar de pessoas participaram protestos contínuos em Londres contra as alterações climáticas que resultaram em mais de mil pessoas detidas, o que o movimento Extinction Rebellion já reivindicou como a maior ação de desobediência civil na história britânica recente.

As ocupações de vários pontos centrais na capital britânica, incluindo Oxford Circus e a ponte de Waterloo levaram a pelo menos 55 percursos de autocarro encerrados e prejuízos de pelo menos 12 milhões de libras (14 milhões de euros) nos primeiros três dias, segundo a associação empresarial West End Company.

O Extinction Rebellion foi formado no ano passado como um movimento que defende o uso de atos de desobediência civil para fazer sensibilizar para as alterações ambientais e forçar o governo a agir.

As três principais reivindicações são que o governo britânico declare uma emergência climática e ecológica, introduza políticas para reduzir as emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa para zero até 2025 e crie uma assembleia de cidadãos para tomar decisões sobre as mudanças climáticas.

Os primeiros protestos registaram-se em novembro do ano passado em Londres, quando membros interromperam temporariamente o trânsito em algumas vias da capital britânica.

Ganhou destaque em abril, quando uma dezena de ativistas se despiu na galeria pública durante um debate sobre o 'Brexit', que levou à intervenção da polícia mas que não chegou para interromper as intervenções dos deputados.

O movimento tem alcance internacional, com mais de 330 grupos em 49 países, a maioria dos quais no Reino Unido, mas também nos EUA, Alemanha, França e até Gana, que nas últimas semanas promoveram protestos em pelo menos 80 cidades de 33 países, incluindo Portugal.

Na terça-feira, a secretária de Estado para a Energia britânica, Claire Perry, saudou, numa intervenção no parlamento britânico, a "paixão e fervor dos manifestantes", mas também defendeu que o devem continuar a fazer sem perturbar o dia a dia das pessoas.

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