Ataques aéreos no noroeste da Síria provocam pelo menos seis mortos
Pelo menos seis civis morreram na sequência de ataques aéreos por forças do Governo e da Rússia no último enclave controlado pelos rebeldes no noroeste da Síria, anunciaram hoje ativistas sírios.
© Reuters
Mundo OSDH
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), ocorreram 12 ataques aéreos no sul da província de Idlib, controlada pelos 'jihadistas', provocando a morte de pelo menos seis civis.
O OSDH indicou que os aviões de guerra do Governo lançaram 12 bombas de barril indiscriminadas numa aldeia.
A imprensa estatal síria avançou que os ataques aéreos visaram "grupos terroristas".
A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou-se profundamente preocupada com a escalada na semana passada, que levou a um deslocamento dentro do enclave que acolhe três milhões de pessoas.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, indicou que mais de 300 civis foram mortos nos últimos três meses, incluindo 60 só em abril, no enclave.
Em 24 de abril, pelo menos 15 pessoas, a maioria civis, foram mortas na sequência de uma explosão na cidade de Jisr ash-Shugur, província de Idlib, no noroeste da Síria, segundo o OSDH.
Idlib é controlada por grupos rebeldes e islamitas, entre os quais a Frente de Libertação do Levante (ex-filial síria da Al-Qaeda), e, para deter uma ofensiva das forças governamentais à região, foi criada, em outubro passado, a zona desmilitarizada, graças a um acordo entre a Turquia (defensora da oposição) e a Rússia (principal aliado do Governo).
Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão pelo regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas', e várias frentes de combate.
Num território bastante fragmentado, o conflito civil na Síria provocou, desde 2011, mais de 370 mil mortos, incluindo mais de 100 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.
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