"No dia 05 de maio, três centros médicos foram atingidos por ataques aéreos, elevando para pelo menos sete o número de instalações médicas atacadas desde 28 de abril", denunciou António Guterres, em comunicado.
O chefe da ONU pediu a "todas as partes para respeitarem o direito internacional e protegerem os civis" e apelou aos "beligerantes para que se voltem a comprometer com os acordos de cessar-fogo assinados em 17 de setembro", indicou.
Os representantes do processo de Astana (Rússia, Irão e Turquia) devem "garantir todas estas condições", sublinhou Guterres.
A província de Idleb (noroeste) e os territórios adjacentes, incluindo a província vizinha de Hamah, são dominados pelo grupo extremista do Hayat Tahrir al-Cham (HTS), antigo ramo da rede terrorista Al-Qaida na Síria. O HTS tem vindo a reforçar o seu domínio na região.
De acordo com a organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), várias instalações médicas foram bombardeadas nos últimos dias pelo exército russo.
"Nove escolas foram afetadas por ataques desde 30 de abril, e escolas em várias áreas foram fechadas", apontou Guterres, sem nomear a Rússia.
"O secretário-geral tem seguido com grande preocupação a intensificação das hostilidades", que envolvem "forças governamentais sírias e aliados, forças de oposição armadas e o Hayat Tahrir al-Cham", referiu.
Lançado em 2011 pela repressão das manifestações pró-democracia, o conflito na Síria ja deixou mais de 370.000 mortos.