Erdogan critica regime sírio por ataques em Idlib em conversa com Putin
O presidente da Turquia acusou o regime sírio de procurar, com os seus ataques em Idlib, "sabotar" a cooperação turco-russa na Síria, durante uma conversa telefónica que teve com o seu homólogo russo, indicou hoje a presidência turca.
© Reuters
Mundo Presidente Turquia
Recep Tayyip Erdogan disse a Vladimir Putin que o regime sírio "pretende sabotar a cooperação turco-russa em Idlib e minar o espírito do acordo de Astana", referiu o diretor de comunicação da presidência turca, Fahrettin Altun.
Lançado no início de 2017, o processo de Astana (capital do Cazaquistão), que recentemente passou a ser designado de Nur-Sultan, foi progressivamente ofuscando as negociações patrocinadas pela ONU entre o regime de Bashar al-Assad e a oposição, incapazes de encontrarem uma solução para acabar com uma guerra que já causou mais de 370.000 mortos desde 2011.
A escalada atual em Idlib é a mais grave desde que Moscovo, aliado do regime, e Ancara, que apoia alguns grupos rebeldes, anunciaram em setembro de 2018 um acordo sobre uma "zona desmilitarizada", que devia separar os territórios controlados pelos insurgentes das zonas governamentais e evitar uma ofensiva governamental na província de Idlib.
Erdogan considerou na conversa com Putin que "atacar civis, escolas e hospitais não pode ser considerado como parte da luta contra o terrorismo", adiantou Altun.
As forças do regime sírio, com o apoio do aliado russo, intensificaram os bombardeamentos sobre aquela província no noroeste da Síria e o último grande bastião 'jihadista' no país.
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, tinha apelado na sexta-feira à Rússia para acabar com os ataques do regime sírio em Idlib.
Mas no relato de Altun sobre a conversa entre Erdogan e Putin não é indicada qualquer referência por parte do presidente turco quanto ao papel russo nos bombardeamentos.
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