De acordo com os responsáveis pelo prémio, organizado pela Comissão Europeia e a federação Europa Nostra para o património cultural, este prémio foi atribuído excecionalmente, fora do palmarés habitual, para distinguir o trabalho dos Sapadores-Bombeiros de Paris no sinistro.
"Este prémio é entregue aos bombeiros, em reconhecimento e admiração pelo seu corajoso e vitorioso combate às chamas que devastaram Notre-Dame de Paris, a 15 de abril de 2019", lê-se no comunicado divulgado pela Europa Nostra.
Um mês após o sinistro, a Comissão Europeia e a Europa Nostra, a federação europeia das associações e fundações responsáveis pela salvaguarda do património cultural da Europa, decidiram atribuir o prémio àquele corpo de elite.
"Naquela noite, durante quinze horas, os Sapadores-Bombeiros de Paris lutaram, com perigo de vida, contra as chamadas, conseguido parar um fogo devorador de oito séculos de História da França e da Europa, perante os olhos de todo o mundo", acrescenta o comunicado.
Perante esta ação "fora do comum" dos chamados "Anjos de Paris", o comité executivo da Europa Nostra e os júris dos prémios europeus do património, compostos por peritos independentes, aprovaram, por unanimidade, a entrega da distinção, criada fora do regulamento habitual.
Os Prémios Europa Nostra têm o apoio do programa Europa Criativa da União Europeia.
A catedral, um dos monumentos mais visitados em Paris, considerada uma joia da arquitetura gótica da cidade, tem o início da construção datado de 1163 e o começo da função religiosa em 1182.
O seu interior foi devastado pelo incêndio de 15 de abril, mas, segundo as autoridades, os vitrais foram salvos, mas ainda está a ser feito um levantamento exaustivo dos danos aos quadros e aos órgãos.
O Governo indicou, na altura, que as relíquias do tesouro, nomeadamente a coroa de espinhos que os cristãos acreditam ter sido usada por Jesus Cristo na crucificação, e a túnica de São Luís, foram resgatadas.