China emite alerta de viagem para EUA devido a "assédio" das autoridades
A China emitiu hoje um alerta de viagem, alegando que visitantes chineses estão a ser interrogados e submetidos a outras formas de "assédio" nos Estados Unidos, à medida que disputas comerciais afetam o relacionamento bilateral.
© Reuters
Mundo Guerra comercial
O comunicado pede aos cidadãos chineses e entidades financiadas pela China nos Estados Unidos que aumentem o alerta sobre a sua segurança, adotem medidas preventivas e respondam "apropriada e ativamente".
A advertência ocorre numa altura em que se agrava a guerra comercial entre os dois países.
No mesmo dia, o ministério da Cultura e Turismo da China emitiu outro alerta de viagem, apontando alta frequência de tiroteios, roubos e furtos nos EUA.
Também o ministério chinês da Educação alertou estudantes e académicos chineses para "crescentes dificuldades" em visitar os EUA.
"As emissões de vistos para estudantes chineses nos Estados Unidos estão a ser dificultadas. O período de revisão do visto foi ampliado, o período de validade reduzido e a taxa de rejeição aumentou", apontou o ministério chinês da Educação, numa altura em que muitos estudantes se preparam para pedir visto para o próximo ano letivo.
"Isto está a afetar os estudantes chineses nos Estados Unidos a completarem normalmente ou com sucesso os seus estudos", lê-se no comunicado.
A mesma nota exortou os pais chineses a avaliarem com cautela os riscos de visitarem o país.
Os governos das duas maiores economias do mundo impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares de bens importados um do outro.
Washington colocou ainda a gigante chinesa das telecomunicações Huawei numa lista negra, que restringe as empresas dos EUA de fornecer 'chips', semicondutores, software e outros componentes, sem a aprovação do Governo.
Pequim retaliou com taxas adicionais sobre 60.000 milhões de dólares em bens produzidos nos EUA, que entraram em vigor este fim de semana, e ameaçou estabelecer a sua própria lista de "entidades não confiáveis", que integraria empresas e particulares estrangeiros.
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