Rússia anuncia retirada de técnicos militares da Venezuela
A Rússia anunciou hoje a retirada de técnicos militares que desde há três meses se encontravam na Venezuela para a manutenção de "equipamentos sofisticados" e a formação de pessoal venezuelano.
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Mundo Embaixada
O anúncio foi feito pela embaixada da Rússia na Venezuela, através da sua conta na rede social Twitter, em que sublinha o "cumprimento de contratos de serviço" entre Moscovo e Caracas.
"A 26 de junho, parte de Caracas para Moscovo, o avião IL-62, levando técnicos russos que estiveram na Venezuela durante os últimos três meses, no quadro da assistência técnica prestada pela Rússia, segundo os contratos na esfera técnico-militar com a Venezuela", lê-se na mensagem.
Segundo a embaixada, "a Rússia entregou à Venezuela vários equipamentos sofisticados que requererem a respetiva manutenção".
"Além disso, os especialistas russos efetuaram formação de pessoal venezuelano. Eram trabalhos extremamente rotineiros que continuarão segundo o cronograma previamente acordado entre as duas partes", afirma.
A representação diplomática não precisou o número de técnicos que regressam à Rússia, nem quantos permanecerão na Venezuela.
Um avião da Força Aérea da Rússia aterrou segunda-feira no principal terminal aéreo da Venezuela, o Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (norte de Caracas), noticiou hoje a imprensa venezuelana.
Trata-se do avião Ilyushin 62, matrícula RA-86496 e corresponde, segundo a página da Internet de rastreio de movimento aéreos, Flightradar24, à mesma aeronave que em março último esteve no mesmo aeroporto.
Na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia confirmou o envio de um grupo de técnicos militares à Venezuela para continuar a "trabalhar na manutenção de equipamento enviado previamente à Venezuela, no quadro dos contratos de cooperação técnico-militar" entre ambos países.
Através da rede social Twitter, o senador norte-americano Rick Scott atribuiu a chegada da aeronave a uma "má decisão" do Governo russo.
"Má decisão. A Rússia deve prestar atenção às nossas advertências. Recordaremos quem apoia a gente da Venezuela e quem está com o seu opressor, Nicolás Maduro: Não o esqueceremos", escreveu o Republicano.
Em março passado, dois aviões da Força Aérea da Rússia aterraram no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, com, segundo a imprensa local, 100 militares a bordo.
A presença das aeronaves fez aumentar a tensão entre Washington e Moscovo, com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump a instar a Rússia a retirar as suas tropas da Venezuela.
Na altura o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia explicou aos jornalistas que se tratavam de peritos que prestavam formação a armamento vendido a Caracas.
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