Trump: Envolvimento de príncipe na morte de Khashoggi não está provado

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou hoje que a responsabilidade do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, no assassínio "horrível" do jornalista saudita do Washington Post Jamal Khashoggi não está estabelecida.

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Lusa
29/06/2019 11:52 ‧ 29/06/2019 por Lusa

Mundo

Declarações

"Eu estou extremamente furioso que uma coisa como essa possa ter acontecido" mas "ninguém apontou diretamente o dedo" ao dirigente saudita, declarou Donald Trump, durante uma conferência de imprensa no final da cimeira do G20 em Osaka, no Japão.

Durante um pequeno-almoço de trabalho, Trump considerou o príncipe herdeiro como um "amigo" e felicitou-o pelo seu "trabalho espetacular", mas ignorou muitas perguntas dos jornalistas sobre o envolvimento deste no assassínio do jornalista no ano passado.

Trump também sublinhou que a "Arábia Saudita é um bom comprador de produtos norte-americanos".

Vários jornalistas fizeram perguntas a Trump sobre o assassínio do jornalista saudita, mas o Presidente norte-americano ignorou-as, aparentando estar irritado com a insistência no assunto.

Num comunicado emitido depois da reunião de hoje, a Casa Branca assegurou que ambos os líderes tinham conversado sobre a "importância dos direitos humanos", mas não mencionou o caso do jornalista.

Khashoggi, colunista do jornal diário The Washington Post e critico da monarquia da Arábia Saudita, foi alegadamente assassinado e esquartejado por agentes sauditas no consulado da Arábia Saudita em Istambul, Turquia, em 02 de outubro de 2018.

Este mes, a ONU publicou um relatório que responsabiliza diretamente o príncipe Bin Salman do assassínio de Khashoggi, e pediu mais sanções internacionais contra a monarquia saudita e a continuação das investigações sob os auspícios do organismo internacional.

No encontro em Osaka, Trump e bin Salman também falaram do "papel chave da Arábia Saudita na hora de garantir a estabilidade no Médio Oriente e nos mercados globais de petróleo" e da "crescente ameaça do Irão". O aumento do comércio e do investimento bilaterais também foi debatido pelos dois responsáveis, segundo a Casa Branca.

 

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