Novo Parlamento Europeu tem sete grupos políticos
O novo Parlamento Europeu (PE), que inicia trabalhos na terça-feira, tem sete grupos políticos, menos um que na anterior legislatura, mas há pelo menos duas delegações ainda à procura de lugar: o Partido Brexit e o Movimento 5 Estrelas.
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Mundo Estrasburgo
A composição do plenário eleito nas europeias de maio ficou acertada na última semana de junho, mas pode sofrer alterações ao longo de todo o mandato, a maior das quais ocorrerá quando o Reino Unido sair da União Europeia (UE), o que determinará a redução de 751 para 705 deputados.
Os eurodeputados organizam-se por afinidade política, não por nacionalidade, em grupos que o regulamento determina deverem ser constituídos por pelo menos 25 deputados de pelo menos sete Estados-membros.
Na semana passada, por exemplo, um deputado holandês, Peter van Dalen, da União Cristã, decidiu sair do grupo dos conservadores e reformistas (ECR) devido à entrada do partido populista eurocético holandês Fórum para a Democracia (FvD), passando a sentar-se com a maior família política europeia, o Partido Popular Europeu (PPE).
O maior grupo no novo PE continua a ser o PPE, de centro-direita, com 182 deputados de quase meia centena de partidos de 27 países, incluindo os portugueses PSD e CDS-PP. O líder parlamentar do PPE é o alemão Manfred Weber, candidato da família política à presidência da Comissão Europeia.
Segue-se o grupo dos Socialistas & Democratas (S&D, centro-esquerda), com 153 deputados de 34 partidos de 26 países, incluindo o PS português, e que tem uma nova líder parlamentar, a espanhola Iratxe García.
O terceiro maior grupo político é o Renovar a Europa (ex-ALDE, liberais), com 108 deputados de 34 partidos de 22 países, onde a maior delegação é a francesa, do partido do Presidente Emmanuel Macron. O líder parlamentar do grupo é o ex-primeiro-ministro romeno e ex-comissário Dacian Ciolos.
Os Verdes são o quarto maior grupo, com 75 deputados de 40 partidos de 24 países, incluindo o português Francisco Guerreiro, do PAN, e são coliderados pela alemã Ska Keller e pelo belga Philippe Lamberts.
O quinto maior grupo político no PE designa-se Identidade e Democracia (ID, extrema-direita), anteriormente chamado Europa das Nações e das Liberdades, e conta 73 deputados de 10 partidos de 10 países, incluindo a italiana Liga, de Matteo Salvini, a francesa União Nacional, de Marine Le Pen, e a Alternativa para a Alemanha. O líder parlamentar é o italiano Marco Zanni.
No sexto lugar surge o grupo dos Conservadores e Democratas Europeus (ECR, direita nacionalista eurocética), terceiro maior grupo na anterior legislatura, dominado pelo polaco Lei e Justiça (PiS, direita nacionalista) e que conta 63 deputados de 23 partidos de 18 países. Os líderes do ECR são o polaco Ryszard Legutko e o italiano Raffaelle Fitto.
O sétimo grupo é Esquerda Unitária (GUE/NGL), com 41 deputados de 19 partidos de 14 países, incluindo os portugueses BE e PCP. A liderança do grupo parlamentar é exercida interinamente pelos portugueses João Ferreira e Marisa Matias, o dinamarquês Nikolaj Villumsen e o alemão Martin Schirdewan, 'presidente em exercício' e representante formal do grupo.
Dois partidos com uma importante representação no PE continuam sem grupo: o Partido Brexit, de Nigel Farage, que venceu as eleições europeias no Reino Unido e elegeu 29 eurodeputados, e o italiano Movimento 5 Estrelas, que ficou em terceiro em Itália e elegeu 14 eurodeputados.
Ambos os partidos falharam o prazo inicial, mas ainda podem juntar-se a um grupo político nas duas primeiras sessões parlamentares, tal como o grupo a que pertenciam, o Europa da Liberdade e da Democracia Direta (EFDD), que não formalizou até ao momento a sua constituição enquanto grupo, devido provavelmente à insuficiência de deputados eleitos.
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