"Todos têm de ceder" para haver acordo sobre cargos da UE
Os líderes da União Europeia (UE) têm todos que fazer cedências para se conseguir chegar hoje a um acordo sobre a ocupação dos lugares de topo, defendeu a chanceler alemã, Angela Merkel, mas a tarefa não se adivinha fácil.
© Reuters
Mundo Merkel
"Todos têm de ceder um pouco" e esta é uma condição "para poder haver uma hipótese de acordo", disse Angela Merkel, à entrada do terceiro dia da cimeira extraordinária.
"Temos que chegar a um acordo e venho firme e decidida", salientou a chefe do Governo alemão, com uma nota de otimismo.
No entanto, o primeiro-ministro da Letónia e um dos negociadores nomeados pelo Partido Popular Europeu (PPE), Krisjanis Karins, quer ver novas propostas em discussão, depois de uma maratona em vão.
"Penso que temos que nos sentar e procurar uma solução diferente" da que propunha o social-democrata Frans Timmermans para presidente da Comissão Europeia e o líder do grupo do PPE para a liderança do Parlamento Europeu, disse á chegada ao local da reunião.
"Precisamos de uma solução que una os países e a Europa, não de soluções que dividam", acrescentou.
O chefe do Governo italiano, Giuseppe Conte, defendeu, por seu lado, que a Comissão Europeia deve ficar entregue a uma mulher.
"Gostaria de ter uma mulher como presidente da Comissão", referiu, sem avançar com nomes.
A preferência por uma mulher é partilhada pelo primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, que vai mais longe e indica a atual comissária para a Concorrência, Margrethe Vestager, para suceder a Jean-Claude Juncker.
Bettel defendeu ainda que dos quatro cargos -- presidente da Comissão Europeia, do Conselho Europeu, do Parlamento Europeu (PE) e do Banco Central Europeu -- dois sejam entregues a mulheres.
Com ou sem acordo na cimeira extraordinária hoje, o PE vai escolher o seu novo presidente na quarta-feira.
Os líderes dos 28 retomam hoje as negociações das nomeações para os altos cargos europeus, depois de, na segunda-feira, o presidente do Conselho Europeu ter decidido suspender a cimeira extraordinária devido ao impasse nas negociações.
Quase 24 horas depois de Donald Tusk ter anunciado a interrupção do Conselho Europeu perante a impossibilidade de chegar a um compromisso, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) retomam os trabalhos para definir as nomeações para os cargos de topo, pressionados pelo 'timing' da eleição do presidente do Parlamento Europeu, agendada para quarta-feira de manhã em Estrasburgo, França.
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