"Tenciono ouvir muito, de forma a desenvolver, nas próximas duas semanas, um diálogo com o Conselho e o Parlamento, uma visão para os próximos cinco anos para a Europa", declarou Ursula von der Leyen, em declarações à imprensa.
A atual ministra da Defesa alemã foi o nome indicado na terça-feira pelos líderes dos 28 Estados-membros da União Europeia (UE) para suceder ao luxemburguês Jean-Claude Juncker na presidência do executivo europeu.
Naquela que foi a sua primeira deslocação como candidata à presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen escolheu deslocar-se hoje a Estrasburgo (França), onde esta semana se sentaram pela primeira vez os eurodeputados eleitos nas eleições europeias de maio passado.
"É aqui que bate o coração da democracia europeia", afirmou a ministra alemã, depois de um breve encontro com o italiano David Sassoli, que hoje foi eleito presidente do Parlamento Europeu.
Para se tornar presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen terá de conseguir a aprovação do Parlamento Europeu numa votação prevista para meados deste mês.
Após uma campanha para as eleições europeias "longa e difícil", é agora "decisivo mostrar a nossa unidade e paixão comum pela Europa, que é tão importante neste mundo e que deve ser audível e visível", disse a política alemã, ainda em declarações aos 'media'.
Durante um encontro com os deputados do Partido Popular Europeu (PPE), a sua família política, Ursula von der Leyen "foi principalmente apresentada, e também explicou a respetiva carreira", disse uma fonte parlamentar, citada pelas agências internacionais.
Descrita como próxima da chanceler alemã (chegou em tempos a ser apelidada como a potencial delfim de Angela Merkel), Ursula von der Leyen é uma das vice-presidentes da União Democrata-Cristã (CDU).
"Falou em três línguas [alemão, inglês e francês]" e "respondeu a algumas perguntas", afirmou a mesma fonte.
Após uma longa maratona negocial, que se prolongou em Bruxelas ao longo de três dias, os chefes de Estado e de Governo dos 28 países da UE chegaram na terça-feira a um acordo e designaram a alemã Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia, o belga Charles Michel para a presidência do Conselho Europeu, o espanhol Josep Borrell para o cargo de Alto Representante da UE para a Política Externa e a francesa Christine Lagarde para o Banco Central Europeu.
Estas nomeações terão ainda de receber a aprovação do Parlamento Europeu para se tornarem efetivas.