O protesto foi apresentado na quinta-feira à noite ao embaixador de Londres em Teerão que foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão.
De acordo com as autoridades do Irão o navio que foi apresado por militares ao largo do território ultramarino de Gibraltar, no Mediterrâneo, encontrava-se "em águas internacionais".
De acordo com o Reino Unido, o "Grace 1", com pavilhão panamiano, é suspeito de transportar petróleo para a Síria violando as sanções impostas contra o governo de Damasco.
Inicialmente, Gibraltar não precisou a origem do petroleiro, mas segundo a publicação especializada em transportes marítimos Lloyd's List, o navio carregou petróleo em abril tendo depois contornado o continente africano antes de entrar no Mediterrâneo onde foi intercetado pelos britânicos.
"Nós temos motivos para acreditar que o 'Grace 1' tem como destino a refinaria de Banias, na Síria, que é propriedade de uma entidade alvo de sanções da União Europeia", disse o chefe do governo de Gibraltar, Fabian Picardo, em comunicado.
A operação da Marinha de Guerra britânica decorreu a quatro quilómetros a sul de Gibraltar, em águas reclamadas pelo Reino Unido, mas contestadas pelo Estado espanhol que reivindica a soberania do território, junto à baía de Algeciras.
"Naturalmente que estamos ao corrente da operação mas estamos a analisar de que maneira é que a operação colidiu com a nossa soberania", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Madrid.