Macron preocupado com "enfraquecimento" de acordo nuclear com Irão
O Presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou hoje ao seu homólogo iraniano, Hassan Rohani, a sua "forte preocupação" com o "risco de enfraquecimento do acordo nuclear" e as "consequências que se seguirão necessariamente".
© Reuters
Mundo Presidente francês
Segundo um comunicado da Presidência francesa, Emmanuel Macron teve hoje uma conversa telefónica de mais de uma hora com Hassan Rohani, a quem expressou a vontade de "explorar até 15 de julho as condições de uma retoma de diálogo com todas as partes".
"Nos próximos dias, o Presidente da República continuará as suas consultas, com as autoridades iranianas e os parceiros internacionais, para que se inicie a necessária quebra das tensões ligadas ao dossiê nuclear iraniano", adianta o comunicado.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) reúne-se a 10 de julho, a pedido dos Estados Unidos, para avaliar os últimos desenvolvimentos relativos ao acordo nuclear com o Irão.
O conselho dos governadores da AIEA, cuja sede é em Viena, "reúne-se às 14:30", anunciou um porta-voz da agência da ONU.
A reunião foi pedida pelos Estados Unidos, depois de os inspetores da AIEA terem confirmado que o Irão ultrapassou o limite de reservas de urânio pouco enriquecido estabelecido no acordo de 2015.
O acordo nuclear limita o programa nuclear iraniano em troca do levantamento de sanções económicas internacionais.
Assinado com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), mais a Alemanha, o acordo previa o levantamento de sanções internacionais em troca de limitações e maior vigilância do programa nuclear da República Islâmica.
Mas a 08 de maio de 2018, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo e restabeleceu sanções devastadoras para a economia iraniana.
Um ano depois, o Irão respondeu anunciando que deixaria de respeitar o compromisso de limitar o nível de enriquecimento de urânio, a menos que em 60 dias obtivesse dos Estados que se mantêm no acordo soluções para contornar as sanções reintroduzidas por Washington.
O prazo dado pelo Irão aos parceiros termina no domingo e Teerão ameaça recomeçar a enriquecer urânio sem limitações, num novo golpe para o pacto.
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