Delegações da China e EUA voltam a discutir acordo comercial
Os chefes das delegações da China e Estados Unidos que negoceiam um acordo comercial falaram hoje por telefone sobre como concretizar o "consenso" alcançado entre os líderes Xi Jinping e Donald Trump, no mês passado, no Japão.
© Reuters
Mundo Acordo Comercial
Segundo o comunicado do ministério chinês do Comércio, o lado chinês esteve representado pelo vice-primeiro-ministro, Liu He, o ministro do Comércio, Zhong Shan, e os EUA pelo Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante do Comércio Externo, Robert Lighthizer.
As delegações "trocaram pontos de vista sobre a implementação do consenso entre os dois chefes de Estado em Osaka (Japão)", alcançado durante a reunião realizada no âmbito da cimeira do G20.
Citado pela imprensa norte-americana, Larry Kudlow, assessor económico da Casa Branca, disse que o diálogo "correu bem" e foi "construtivo".
Sobre as possibilidades de um novo encontro frente a frente entre as delegações, Kudlow disse estar otimista e assegurou que "faria sentido".
Trump escreveu através da sua conta no Twitter que as "negociações estão a ser preparadas".
"Os outros países tratam-nos de forma injusta (para dizer o mínimo) há muitos anos, mas isso está a mudar!", acrescentou.
Em 29 de junho, Trump e Xi concordaram com uma nova trégua na guerra comercial que dura há um ano.
Washington prometeu não impor novas taxas alfandegárias sobre produtos chineses e suspendeu a decisão de proibir empresas norte-americanas de fornecer tecnologia chave à gigante chinesa das telecomunicações Huawei.
Desde o verão passado, os governos das duas maiores economias do mundo impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um.
Em dezembro passado, Washington e Pequim acordaram um primeiro período de tréguas, entretanto prolongado em março.
No entanto, Trump quebrou a trégua, com um aumento das taxas alfandegárias, acusando os chineses de voltarem atrás com compromissos feitos anteriormente.
No cerne das disputas está a política de Pequim para o setor tecnológico, que visa transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.
Os EUA consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da concorrência externa.
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