"Depois de ter estudado cuidadosamente o relatório, concluo que ele é irrevogavelmente tendencioso", disse aos jornalistas, acrescentando que está determinado a conseguir com urgência uma análise judicial a essas conclusões do documento.
Busisiwe Mkhwebane, um jurista independente encarregado de controlar as ações do executivo, estima que o inquérito que levou a cabo prova que o presidente, que prometeu repetidamente erradicar a corrupção do país, enganou o Parlamento de forma "deliberada".
E fê-lo quando respondeu a uma pergunta da oposição sobre uma doação para a sua campanha de 500.000 rands (cerca de 32.000 euros) feita por um grupo industrial.
Ramaphosa afirmou na altura que o dinheiro pago em 2017 era um pagamento ao seu filho Andile por um trabalho de consultadoria para a empresa de serviços Bosasa, envolvida em vários contratos públicos suspeitos.
No entanto, reconheceu depois que se tratou de uma doação para a sua campanha para a presidência do partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), uma batalha intensa que lhe permitiu vencer o candidato escolhido pelo antigo presidente, Jacob Zuma.
Cyril Ramaphosa tinha alegado boa-fé, dizendo que não tinha a informação correta quando respondeu à pergunta no Parlamento. E prometeu reembolsar os fundos de campanha.
No poder desde fevereiro de 2018 e reeleito em maio, Cyril Ramaphosa fez da luta contra a corrupção o seu principal cavalo de batalha, num país marcado pelos escândalos da presidência do seu antecessor, Jacob Zuma.