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Podemos vai abster-se? Investidura de Sánchez deverá ficar pelo caminho

Esta é a segunda e última sessão de votação para a investidura de Pedro Sánchez como primeiro-ministro.

Podemos vai abster-se? Investidura de Sánchez deverá ficar pelo caminho
Notícias ao Minuto

12:32 - 25/07/19 por Sara Gouveia

Mundo Espanha

O líder do Partido Socialista Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, chegou à segunda e última sessão de investidura a saber que não deverá ser desta que será investido como chefe do governo espanhol. Poucos minutos antes de se iniciar a sessão parlamentar, o Unidas Podemos anunciava que pretendia abster-se o que deverá impossibilitar a investidura do líder socialista. No entanto à última da hora, Pablo Inglesias fez uma nova proposta ao PSOE.

Conta o El País que durante esta manhã o Podemos fez uma última proposta que foi rejeitada pelo PSOE, mantendo a sua oferta anterior. Pablo Iglesias exigia a vice-presidência e os ministérios da Saúde, da Ciência e do Emprego, o que fez com que a vice-presidente do Governo do executivo espanhol, Carmen Calvo, fosse mais longe e acusou mesmo o Podemos de ter a ambição de conseguir o “governo inteiro”.

A primeira intervenção da sessão foi a de Sánchez que começou por lamentar a falta de consenso. "Devo dizer que, entre forças de esquerda, a investidura deveria ter estado garantida desde o primeiro dia. Mas com a atual aritmética são precisos acordos. Um acordo que não foi possível. Lamento pela história oportunidade que se desvanece de incorporar uma força de esquerdas à esquerda do PSOE", disse.

Depois dirigiu-se a Pablo Iglesias de imediato. "Aspiro a presidir o governo, mas não a qualquer preço ou qualquer governo. precisamos de um governo coerente e coeso. Não de dois governos num", começou por dizer. "A esquerda útil é aquela que vence e serve as pessoas", atirou ao líder do Podemos. "De que adianta uma esquerda que perde mesmo quando ganha, senhor Iglesias?", questionou.

Por sua vez, Pablo Iglesias subiu ao palanque para referir ser "muito difícil negociar um governo de coligação a 48 horas de uma investidura", acusando o PSOE de partilhar informação com a imprensa ao mesmo tempo.

"Aceitámos tudo o que nos pediram, até um veto pessoal sem precedentes. Só vos pedimos uma participação proporcional aos nossos votos", continuou o líder do Podemos, que num volte face fez uma proposta aos socialistas em pleno debate.

"Renunciamos ao Ministério do Trabalho se nos derem as políticas ativas de emprego", lançou Iglesias, para surpresa dos presentes. revelando que a proposta surgiu depois de ter recebido uma mensagem, durante o discurso de Sánchez, "de alguém muito relevante" dentro do PSOE, a sugerir-lhe que o fizesse e decidiu tentar.

"Ainda vamos a tempo de salvar esta sessão de investidura", rematou.

O PSOE e o Unidas Podemos têm até ao início da tarde desta quinta-feira para tentar chegar a um acordo, naquela que é a última votação depois de o parlamento espanhol ter chumbado a investidura de Pedro Sánchez por 170 votos contra, 124 a favor e 52 abstenções, na terça-feira. A consulta precisa apenas de mais votos a favor do que contra.

[Notícia em atualização]

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