O governador da província, Anwar Rahmati, disse que para além das vítimas mortais, outros 15 polícias ficaram feridos no ataque, que aconteceu no distrito de Patu e ainda que alguns elementos do grupo de talibãs também ficaram feridos.
Todavia, um conselheiro municipal de Day Kundi, Ghayrat Jawaheri, forneceu outros dados, afirmando que morreram 13 polícias no ataque.
A província foi também hoje palco de um segundo ataque, no distrito de Kijran, onde um polícia morreu e outro ficou ferido, segundo o Anwar Rahmati, que acrescentou que aquela área tem estado "sob ataque dos talibãs há pelo menos um mês".
O porta-voz dos talibãs, Qari Yusouf Ahmadi, reivindicou a responsabilidade do ataque de Patu, mas não comentou imediatamente o ataque de Kijran.
Os rebeldes controlam agora metade do país e realizam ataques quase diariamente, a maior parte das vezes contra as forças de segurança afegãs, funcionários do Governo ou quem esteja do lado governamental.
Muitos civis que são apanhados nos ataques acabam por morrer.
O anúncio ocorre quando os EUA e os talibãs mantêm negociações de paz.
Desde o final do ano passado, os rebeldes têm-se encontrado com o enviado especial dos Estados Unidos, Zalmay Khalilzad, para no sentido de diálogos com o objetivo de estabelecerem um acordo de paz para a guerra que dura há quase 18 anos, o conflito mais longo com envolvimento norte-americano.
Khalilzad viajou entre Cabul, Islamabade e o Qatar, onde os talibãs têm o seu gabinete político.
Os talibãs recusam-se a negociar diretamente com o Governo de Cabul, considerando-o um fantoche dos EUA.
Zalmay Khalilzad concluiu hoje uma visita de dois dias ao Paquistão, onde se encontrou com o primeiro-ministro, Imran Khan, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Shan Mahmood Qureshi e o chefe das Forças Armadas, general Qamar Javed Bajwa.
Após deixar a capital do Paquistão, foi para o Qatar onde é esperado para mais uma ronda de conversações com os talibãs.
O enviado dos EUA deu a entender que Washington e os talibãs poderão chegar a um acordo na próxima ronda de conversações.
"Em Doha, se os talibãs fizerem a sua parte, nós iremos fazer a nossa e concluir o acordo em que estamos a trabalhar", escreveu Khalilzad na rede social Twitter e acrescentou que concluiu a sua "visita mais produtiva ao #Afeganistão" desde que ocupa o cargo de Representante Especial.