Uma missa em Varsóvia deu início às cerimónias em homenagem da Brigada das Montanhas da Santa Cruz das Forças Armadas no 75.º aniversário da sua criação.
O patrocínio oficial do presidente Andrzej Duda e a presença responsáveis do partido no poder sublinharam a reabilitação pelo governo de direita de uma unidade partidária que lutou contra alemães e soviéticos e que é celebrada pela extrema-direita.
Segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press, tal é visto como parte de uma tentativa mais ampla do partido Lei e Justiça, no poder, para agradar aos eleitores de direita antes das legislativas em outubro.
A reabilitação oficial daquela brigada começou em fevereiro de 2018 quando o então primeiro-ministro Mateusz Morawicki a homenageou num cemitério em Munique.
No mesmo dia, o chefe do governo polaco disse numa conferência de imprensa que existiam "judeus perpetradores" do Holocausto.
As cerimónias de hoje foram criticadas por filhos de combatentes da resistência polaca. Alguns escreveram numa carta dirigida a Duda: "os nossos pais lutaram contra os nazis porque entendiam ser o seu dever para com a sua nação. Qualquer cooperação com os ocupantes era inimaginável para eles".
O principal rabi da Polónia rejeitou um convite para a cerimónia de hoje, considerando-o "um insulto pessoal".