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Horas depois da morte de Jeffrey Epstein surgiram teorias da conspiração

Diversas teorias, sem factos que as suportem, tornaram-se virais. A grande maioria denota uma conotação política com os democratas e com os republicanos.

Horas depois da morte de Jeffrey Epstein surgiram teorias da conspiração
Notícias ao Minuto

15:55 - 12/08/19 por Fábio Nunes

Mundo Jeffrey Epstein

No sábado, poucas horas depois de se ter sabido que Jeffrey Epstein se tinha suicidado na sua cela numa cadeia de Nova Iorque, já circulavam diversas teorias da conspiração nas redes sociais relativamente aos contornos da morte do multimilionário, que estava acusado de tráfico sexual e abuso sexual de menores.

Epstein, de 66 anos, conhecia várias personalidades poderosas, algo que ajudou a alimentar ainda mais estas teorias da conspiração, muitas das quais a denotarem conotações às duas cores da política norte-americana.

Apesar da falta de provas que suportassem a teoria de que o suicídio de Epstein foi na realidade um homicídio, a hashtag #EpsteinMurder tornou-se uma tendência mundial neste sábado. No Facebook, Twitter e YouTube circulavam teorias de um falso suicídio ou de um homicídio orquestrado.

De acordo com a BBC, muitas das teorias questionavam como é que alguém que estava a ser vigiado por ter tentado suicidar-se há poucas semanas conseguiu suicidar-se. E não foram só anónimos a indagar sobre esta situação. Rudy Giuliani, advogado de Donald Trump, escreveu no Twitter “quem estava a vigiar?” e considerou “inadmissível” que Epstein se tivesse suicidado nestas circunstâncias.

Posteriormente, as autoridades norte-americanas informaram que o multimilionário já não estava sob vigilância quando se suicidou.

Algumas das teorias da conspiração mais rebuscadas estão ligadas às hashtags #ClintonBodyCount e #TrumpBodyCount. A primeira foi usada principalmente por conservadores que sugerem que o antigo casal presidencial, Bill e Hillary Clinton, estava envolvido na morte de Jeffrey Epstein e foram recuperar uma teoria da conspiração dos anos 90 que sugere que o casal Clinton assassina secretamente os seus inimigos.

A segunda hashtag que diz respeito a Trump foi mais usada por liberais que especularam o envolvimento do presidente na morte de Epstein.

E se houve alguns jornalistas que apelaram à cautela das pessoas relativamente à informação a que têm acesso na internet, outros decidiram participar nas teorias da conspiração que proliferaram. Foi o caso do jornalista da MSNBC Joe Scarborough.

“Um homem que tinha informação que teria destruído a vida de homens ricos e poderosos acaba morto na sua cela na cadeia. Tão previsivelmente… russo”, escreveu num tweet.

Bill de Blasio, mayor de Nova Iorque, também alinhou pelo mesmo diapasão e sublinhou que a morte de Epstein era “demasiado conveniente”. “Quantos milionários e multimilionários fizeram parte das atividades ilegais em que ele participou?”, deixou no ar.

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